Os Espinhos Da Lembrança

Todos poetas têm a sua musa... E quase sempre, elas estão ausentes, mas presentes no coração. Porque o coração de um poeta não permite que o cérebro apague as imagens, as lembranças, as memórias. Então, por esta regra sentimental absoluta, é fácil distinguir um poeta de um humano.
O poeta vive eternamente com a lembrança de sua musa não correspondida, nos meses primeiros, os espinhos da memória fura o poeta, o corpo inteiro, envolve o coração, e a cada pulsada do coração, ele se fura.
Nos meses seguintes, os espinhos cheios de sangue caem, o sangue do poeta destrói as coisas ruins e as transmuta. Sem espinhos, a lembrança pode viver harmoniosamente com o poeta, ora trazendo saudade, ora trazendo aquele gosto de amor por sua musa eterna.

... Talesin

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