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Mostrando postagens de março, 2012

Arderes da Poesia

Poesia ardente! Ardendo meticulosamente a alma! O que haverá de ter nestes versos futuros? Que agora brotam de mim, e se jogam no papel... Será amor? Tristeza? Ou angustia? Poesia em papel é sangue no chão Marca, e causa emoção E com o soprar da brisa, se vai com o vento E fica apenas, o sutil gosto do talento Tempo sob tempo Camadas de memórias e palavras esquecidas Rimas perdidas, solitárias e sem vida Já não é mais tempo de Poesia Tudo agora se remete em ilusões Nem o amor - coisa sofrida Não é o mesmo com toda essa modernidade! Antes alegrava, hoje faz nascer dor Antes era vívido, nestes tempos... Há apenas esqueletos de falsos sentimentos Envoltos em mascaras grossas  De personalidades sem consistência! Tu achas que sabes tudo? Que já viveu o suficiente? Se nunca foi poeta - ao menos por um instante Digo-te, e reafirmo! Tu não viveste nem 10% da vida! ...Lucas Augusto...

Poeta Jovem

Carrega consigo uma feição de puro sofrimento, desesperado silenciosamente. Com uma certa inquietude que  arrastava sua alma por este mundo ardente. Ah! Jovem poeta, entorpecido venenosamente por suas inspirações! Escrevestes estes versos para não morrer? Ou quando não escreves a vida jorra pelos seus olhos? Leva consigo uma incerteza só dele, abandonado pelos caminhos fáceis, seus pés cheios de espinhos, sua vida cheia de falsas rosas. Ninguém lembra-se dele, e como haveria de lembrar? Têm sempre a dificuldade de manter amizades, amores e projetos. Carrega em suas costas - cravado por dentro - uma certa percepção mutável e inconstante. Seus sentimentos vivem em anarquia... Dentro de si Há labirintos - que ele mesmo nunca achou o caminho Não se sabe o que há no meio Nem suspeita o que há de ter no fim Por onde passa, vai sentindo as coisas E as coisas o vão machucando Jovem poeta! Porque sofres tanto? Nunca sei - ele responde. Nunca ficas cansado de tanto sentir? E e

Dividindo-me Em "Poucos" Versos

Uma parte minha, é pura poesia A outra, histórias quer viver E estórias quer contar Uma ainda - a mais rígida Trabalha na manutenção de meu muro -Aquele que ergo para ninguém de mim se aproximar Outra parte de mim, ama o mundo Vive os momentos de forma intensa Imagina, cria e goza da vida Mas, também há, uma parte perigosa Que por hora se manifesta e toma conta de todas as outras Morre por suicídio, absorve as tristezas E luta para não viver, quase sempre vivendo Porém o problema é quando todas se juntam Conversam e discutem suas opiniões Nesse momento, tudo que sobra é o silêncio "O silêncio é o argumento mais conciso quando queremos conversar com nós mesmos."    ...Lucas Augusto... Yanos Talesin -Inácio Bucowesqui

Diálogo Futuristico

-Não queria dizer isso, mas... sabe, eu te amo, e te quero comigo. -Bem, isto era algo que eu esperava acontecer. Eu gosto de você, mas eu amo a solidão. Se você realmente me ama, e realmente me quer, lute por mim. Não se pode amar duas pessoas ao mesmo tempo, logo, se eu a amar, deixarei de amar a solidão... E estarei ao seu lado. -E como se luta por uma pessoa? -Apenas estando com ela, e contando-lhe coisas que ela sempre quis ouvir. Fazendo coisas com ela, que ela sempre quis fazer com outra pessoa. ...Lucas Augusto... Momentos Que Tentam Rachar Meu Muro

Coisas Que Acontecem Sem Ninguém Ver

As palavras estão abandonadas e sozinhas Provenientes de uma solidão aconchegante Doce gosto de palavras amarguradas pelo tempo Quando tudo o que você tem são as ilusões Depois de um tempo entorpecendo-se de conceitos falsos Abre-se um buraco, e a pressão das angustias Faz montantes de ilusões jorrarem para fora, gritando Tudo que sobra é o esqueleto encriptado da esperança  -Inácio Bucowesqui "O fluxo do tempo é imutável."
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Não Senti Nenhum Título

No começo estava vazio e frio Mas não se engane, não havia solidão Apenas eu e histórias a contar - para mim mesmo Lentamente o tempo foi passando E quase se conseguia sentir seu passar As historias que antes estavam virgens Contadas foram e... ...Passaram com o tempo Tornando-se memórias. Pessoas chegavam E superficialmente, o ambiente estava cheio Dentro de mim? Apenas uma névoa nascia E caminhava a passos curtos E morria ao estalar do tempo A eternidade tudo leva e trás Nada espera, ou por ser a eternidade Não há pressa? ...Lucas Augusto...
Foram momentos Tão cheios de raros instantes Quando segundos pareciam tocar-me E relógios deixavam de existir ...Lucas Augusto...

Explicando Coisas Humanas

"Deixe voar, o que é teu volta" - dizem os pobres humanos Nada é nosso - ah não ser, talvez, nossa própria alma Como haveria uma pessoa ser nossa? Se ela não é um objeto... Amamos, compartilhamos momentos Mas nunca compartilhamos posses e apegos Nesses relacionamentos Ganhamos beijos Abraços e segredos Então, quando amar Ou se apaixonar Não esqueça jamais Nada é nosso, nada pode ser nosso Porque tudo sempre esteve dentro de nós   ...Lucas Augusto... Coisas Que Aprendi Com Aquele Amor

Pequeno Conto De Mim Mesmo

Sempre bêbado de poesia, caminho por estradas cheias de versos. Onde a rede é o sentimento. Não há pureza ou nostalgia, tudo é um só. Dentro de mim, o coração processa os versos, faz rimar, faz melodia. Durante o dia, quase tudo morre, pessoas me roubam sorrisos, outras me colocam suas tristezas e memórias. Cabe tudo dentro de mim sim, porque vem hora e passa dia, alguns versos morrem, outros se transformam em poesia. ...Lucas Augusto...

Parte De Meu Dia Em Uma Poesia

Naquele dia, por toda àquela hora Estendeu-se a timidez E a falta de ar Ao lado dela Sintomas da paixão nasceram E a cada pulsar de segundos Era cheio de perfumes Sensações e pensamentos A noite caiu, escuridão... Mas o ônibus continuava Porque haveria de parar? Pelo menos, onde eu estava O presente rasgava aquele momento E enchia-me de emoção Mas antes de tudo isso que recito Houve uma singela história Sutil e marcante Para ser sincero Já a tinha visto e revisto Em um belo dia Vestida de vestido Tão bela... Minha alma ela hipnotizou E quase por um instante A levou A vi de novo De repente Quase que subitamente Noutro mês, passado aquele Toda bela e inesquecível Ali, diante de mim E agora, no presente (Que se torna passado A cada instante e piscar) Ela vai para a sua faculdade No mesmo ônibus que o meu Não pude resistir, eu confesso Diante de este pincelar do destino Tomei coragem - quase mil copos E pedi Seu e-mail ou celular Ela deu-me seu e-mail E eu relaxado e feliz Ao lado de minha

A Estrada da Vida

Eu caminho vivo em uma estrada cheia de cadáveres e zumbis Mortos não me tocam, vivos me emocionam Simples andante deste mundo sem fim Há sangue em quase todos os olhos Mas cada brecha de vida faz nascer uma flor Eu caminho vivo em uma estrada cheia de doentes Com uma alma pulsante e indolor Mas o coração... Carregado de dor, Pele escamosa, cheia de cicatrizes Que o amor com sua faca as fizeram Eu caminho vivo Em uma estrada cheia de religiosos Minhas crenças básicas alienatórias foram destruídas Por coisas e sensações que ninguém entenderia E o que falam, soa como: blá blá blá Eu caminho vivo em uma estrada mal feita Sustentado por versos e pensamentos Vivo por causa deste talento... Os sonhos morreram há muito tempo De poetizar Eu caminho vivo em uma estrada Entorpecida de ilusões, a direita Amores a frente Dores lá atrás E monstros a esquerda... A estrada é longa Talvez nem tenha fim... Não é preciso ter sorte Apenas aprender a andar ...Lucas Augus

Rotina

Rua solitária enquanto ando pela calçada, Ponto vazio, O ônibus não chega, O motorista parece vazio em seus olhos, Com a alma cheia de sono, O cobrador Mal consegue contar moedas, Muito menos dizer: Boa noite As pessoas parecem guardar Uma certa tristeza para com a vida, Uma certa desilusão para com o passado, Como sei? O ônibus está parado De um lado algumas observam um muro As outras, do outro lado, a rua Não há nada no muro E a rua continua vazia Um cara em uma moto passa pela rua vazia Quebrando o silêncio com sua moto estereótipada Por seus desejos carnais Por seus sonhos não realizados Por sua ignorância e surdez O banco do ônibus é tão rígido quanto o momento O ônibus começa a andar, corre pela avenida Seu correr é tão vazio... Passa por uma lombada E todos pulam levemente, em silêncio Outras pessoas entram e logo tudo esta cheio Algumas falam, outros ouvem música Mas mesmo assim Tudo parece estar em silêncio ainda E o vazio ainda permanece Estampado em suas faces ...Lucas Augus

Sobre os Rappers

Leio essas muitas frases belas e reflexivas em músicas de rappers, e penso: Ou esses caras lêem muitos livros de poetas e pensadores, ou eles não sabem pensar a respeito da vida, suas frases são tão repetitivas, nunca li uma frase de um bom rapper que já não tenha lido em algum livro ou alguma página da internet de algum pensador. ...Lucas Augusto...

Ser Poeta

Fale para mim bem baixinho inspiração, como os poetas vivem? -Vivem no começo de uma poesia. E quando morrem? -Quando alguém lê suas poesias e terminam no fim das palavras. E por que isso? -Uma poesia nunca acaba. Então os poetas são imortais? -Não, não são. Nunca nasceram para este mundo, como poderiam viver para morrer? Mas inspiração, você disse que os poetas vivem quando começam a escrever uma poesia... -Poesias não são deste mundo, não são de nenhum mundo. Elas apenas existem, assim sendo, um poeta jamais nasce, jamais vive ou morre. Qualquer um pode ser poeta? -Sim, mas poucos tem a coragem para isso. Por que? -É mais confortável sustentar os próprios pilares do que deixar-se desabar por milhares de visões, formas de ver e perguntas sobre as tantas coisas que vemos e não vemos.  ...Lucas Augusto...

O Abraço De Um Mendigo

Era um dia quente E para os outros, estressante De repente, quase que subitamente Deparei-me, com um mendigo e sua pequena filha O pobre de alma rica Sentado em um murinho Enrolará sua filhinha, num lençol de mendigo E a abraçava tão forte Que respirava desespero A protegia do mundo? A protegia da fome? A protegia do destino? Não sei. Ela dormia, calmamente... Inocentemente Sem saber, que tudo a sua volta Era imensamente vazio. ...Lucas Augusto...

Aos Pequenos Sofre(dores)

Quando estás lá fora E estás tristes É preciso sofrer bem baixinho Porque o vento pode tentar abraçar-te E se os passarinhos, bonitinhos como são Perceberem suas lágrimas Cantarão para você Tem que sofrer devagarzinho Senão as flores,  Desprendem de si mesmas, seus perfumes tão belos Que te tocam E se chegar em casa, bem de tardinha Verá o sol Mostrando com seu pôr Como o mundo pode ser belo,  Para quem sabe vê-lo e senti-lo ...Lucas Augusto...

Ex-esperança

Foi tão belo perder as esperanças naquele dia frio Quando tudo estava sonolento e fraco Quando já não havia ninguém para recorrer As árvores despidas, choravam comigo E sua folhas, sob mim caíam Mas nada conseguia curar minha desesperança Na verdade, a esperança foi queimando aos poucos Nos dias anteriores... Nas semanas que passaram Nas dores que falsamente se curaram Mas apesar de tudo, a vida tem uma regra básica: Nunca parar Nada jamais vai parar por você ...Lucas Augusto...

Carência e Tristeza

Um olhar triste surgiu Por entre aqueles olhos poéticos Poesia e tristeza... Combinação venenosa, Para um coração carente Lágrimas caíram Mas olhos poéticos não podem chorar Ou apenas não é recomendado Pois toda a vida começa a escorrer Os sentimentos perfurar As lembranças maltratar Mesmo assim Não é recomendado, também Fechar olhos poéticos Senão, toda a escuridão Não só pode, mas vai Despertar toda a enorme poesia Que dorme no interior do poeta E se isso acontecer... ... Nada irá parar a poesia Os sentimentos, os pensamentos As aventuras e devaneios mentais Do pobre e sempre esquecido poeta Ainda bem que não sou um poeta...   ...Lucas Augusto...

Conto: O Dia Do Suicídio

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Capítulo I - O Começo Da Noite São três horas da manhã, não, não vou me matar agora, estou apenas achando muito interessante perceber como o dia e as pessoas dormem sem saber que alguém planeja dar fim a sua própria vida, não somente a minha, mas todas as pessoas que se suicidam ano após ano. Ninguém conhece a dor do próximo, ninguém realmente se importa, a maioria atua, apenas, para passar a imagem de cidadão de bem, tenho nojo de cidadãos de bem. Nestes primeiros instantes do começo de minha morte, descobri o porquê da irracionalidade dos animais, se fossem racionais, suicidariam-se, um por um. O motivo de eles fazerem isso? Deixo este enigma para você.  Não estou querendo dormir, mas acho que devo, tenho que estar com minhas funções cognitivas em ordem para os segundos finais, não quero atingir nenhum órgão vital. Assisti a um filme mediano antes de deitar: Roubo Nas Alturas, em uma parte um senhor tenta se matar jogando-se na linha de trem - este era o meu plano original -
E dia pós dia eu ia pensando em suicídio Seria gostoso sentir Será, que, doeria mais do que tudo que sinto agora?  Yanos Talesin

Dias de Hoje

E minhas próprias coisas e passos Eram tão vazios e tristes A solidão, consistente Porque o mundo é feio e estranho Para quem sabe senti-lo E nada mais importava Nem a vida, nem o dinheiro Nem nada, uma facada não faria diferença O futuro estava escuro E eu já nem me importava A lágrima presente Faz-me lembrar diariamente, de sua voz Ou de suas vozes Quando estava ouvindo uma a cantar Sentia a falta da outra a sorrir E sempre foi assim, não sei o porquê Agora, estou sozinho, novamente Digo, estou com a tristeza, novamente E com a carência que me mata, dia pós dia E dia pós dia, um pouco de mim morre Isso é bom, assim, eu sei, que não viverei muito Neste mundo feio e estranho Talvez chegue aos trinta cheio de cicatrizes Ou chegue aos vinte quase me matando Já posso ver, e vejo com ansiedade O antigo cantinho escuro que antes eu chorava Ele se abre e, me chama novamente -Já estou indo, amigo. Que a escuridão nos acolha. Que os versos nos mate Que a poe

Julgamentos

Não julgue sem antes conhecer Sim, eu sei, é um conselho clichê Mas sempre fazemos isso E sempre erraremos se continuarmos a fazer A casca é grossa, mas o coração é mole A vida é solitária, mas cheia de esperança O caminhos é escuro, a luz pequena Mas aprenda a direciona-lá para o lugar certo Sem julgar o caminho Sem olhar para quem se vai, ou chega E tudo tende a brilhar ...Lucas Augusto...

Ciência

Descobrir, a essência da ciência Epifaniatizar algo, com o simples observar E pensar Que tudo é possível, tudo Calcular e amar o que faz Amar o que faz é a chave A chave para sucesso A chave para abrir novas possibilidades A chave da porta para o desconhecido Olhe, você apena verá Observe, você notará Observe e pense, você descobrirá Ame, observe e pense, você mudará as coisas. ...Lucas Augusto...

Ponto de Ônibus

Poeminha do contra, nada filosófico, muito menos literário, quem dirá poético... Lá estão Humanos, com seus olhos perdidos Seus copos cheios de bebidas Suas mentes entorpecidas... ... Por algo desprovido de razão Foram para onde? Eles vêm de onde? Para onde estão indo? Voltam de seu mundinho Cheio de gente sem esperança Sem esperança para com si mesmos Vão para um futuro incerto, fragmentado Misterioso, mal arquitetado Com poucas conseqüências essênciais Pelos seus olhares Em direção aquele horizonte Não sabem para onde vão E vivem, com falta de esperança E vivem, sem para quê ...Lucas Augusto...