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Freedom

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Sinto os versos desenhando Teu corpo, seu perfume, sua dor  Sinto as estrelas se amando Nas infinitas curvas do seu coração (Assoprar um dente de leão E imaginar que as sementes encontram você) Teu olhar rima com amor Mergulho no seu universo interior Encontro rimas com dor Você: um jardim de cores sem fim (Observar as nuvens  E imaginar que formam você) Guiar suas mãos por um poema Para no fim descobrir e sorrir Quem guiou os caminhos: Dos versos e sonhos: foi você (Experimentar sorvete de milho E imaginar se fica melhor depois do beijo?) Dançar com os movimentos do calor Dos teus sentimentos infindáveis Sob a vibração de músicas que não cessam Até o amanhecer escrever este poema: - No teu corpo (Observar à beira-mar o vento brincando Com seus cabelos, sorriso e cores) L.A.

Camila Ricarte

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 Biblioteca Nacional da França, Paris "Ela estava lendo algum livro de capa azul. Lúcio a viu, primeiro de relance, e então completamente. Seu foco atravessou o salão de arquitetura contemporânea como uma flecha em chamas de inspiração. Mas logo começou a perder os próprios processos mentais com a visão nua do verde-campo das írises dela absorvendo letras e sentenças. Imaginou como seria o nome dela e com quais palavras poderia rimar. Imaginou os movimentos do corpo guiados pelas notas musicais nalguma festa. Imaginou seu perfume recriando-se com o calor do seu corpo. Imaginou seu calor. Imaginou e sentiu a vida como um estopim para o seu sorriso. Imaginou as ondas do mar encontrando seu corpo. Imaginou escrevendo estrofes em sua pele. Mas logo partiu dos reinos inefáveis da imaginação e retornou para a realidade. Levantou e lentamente atravessou o salão preenchido por livros milenares. Aproximar-se dela é como atravessar uma lupa - os detalhes, pouco a pouco, tornam-se intensos.