Os olhos que se abriram
Era uma vez num mundo não tão distante assim, um bosque perdido, intocado pelos homens, um lago obscuro tornava esse lugar místico, ali perto numa casinha feita de madeiras já velhas, vivia uma donzela cega, vivendo seus dias em companhia da solidão, sem poder chorar... De seus pobres olhos doentes não escorriam nunca nenhuma lágrimas, não por falta de tristeza, e sim pela doença... Plantava para sobreviver, acordando sempre ao amanhecer... Sem saber, para a bela donzela sempre era noite, ela nunca conheceu o dia... Mergulhava-se em lágrimas interiores... Lágrimas que só ela conseguia ver, só ela conseguia sentir... Embora a tristeza a consumisse ás vezes por corpo, outrora tentasse tocar a alma... Lá no fundo, ela guarda a esperança que a mantinha viva, a esperança de sua salvação, a esperança de conhecer o que muitos chamavam de amor. Passaram-se dias, passaram-se anos. Um jovem rapaz estava a entrar naquele bosque, não por coincidência, por intuição de seu coração, andava sem des