O Jovem Poeta

Não se vá, meu amor A única flor capaz de nascer Dentro de mim, foi você... Cuide de mim, por favor Com seu perfume de flor E sua delicadeza Fique comigo O tempo passa tão rápido Tenho medo de não estar ao seu lado O tempo não perdoa nem mesmo nosso amor Cante mais uma vez para mim Aquela música que diz para nos permitir Assim, feliz, poderei dormir Com os olhos cheios de lágrimas E os sonhos com emoção Cante, apenas mais uma vez Faça-me viver novamente Com sua voz, com nosso amor Nada mais importa Torço apenas para que não esqueça a letra A letra, não a letra - você entende É tudo que sempre quero te dizer Menos a saudade, esta não se diz Guardo a para mim Venha, cante para mim nesta noite escura Em que tudo esta perdido lá fora E a gente se encontrando aqui dentro Seja gentil comigo Perdoe meus erros Perdoe minhas besteiras humanas Cante para mim e esqueça-se de tudo Apenas, peço que não se esqueça de mim Posso eu amar-te? Sua voz... Você... S

O ônibus parou em frente ao um carro branco, estava sol e o carro mostrava sua sombra no chão. A luz, a sombra, o carro, de repente minha mente voa anos luz em direção ao sol e o vejo. De repente um carro azul passa na frente do carro branco em sentido contrário do ônibus que estou, se desperta perguntas em minha mente: Para onde vai o carro azul? Qual seria o seu destino perante a eternidade? Sinto a eternidade e sua infinita grandiosidade. Minha mente viaja, assim como as sensações em mim. De repente uma mulher passa na calçada indo no mesmo sentido do ônibus em que estou. Minha mente a acompanha futuramente, estaria ela indo ao encontro de seu amado ou triste por este mundo calamitoso? Ou apenas perdida em seus problemas? O ônibus começa a andar novamente, o instante se foi, mas o momento ficou e tudo isso aconteceu ao mesmo tempo, em milésimos de segundos, dentro de mim. E lá vem o mundo Com suas pitadas de desespero Suas particulares agonias Suas pessoas perdidas O mundo s

Está na hora de acordar O sonho acabou Abra seus olhos É mais um dia triste Lacrimejará por alguém Remoer-se-á pelo passado Chorará pelo presente Suicidar-se-á por si mesmo... É tudo uma grande viajo Rumo à dor... Yanos Talesin

Ninguém enxerga-me - em meus níveis profundos Apenas eu fico nessa imensidão de coisas perdidas Ouço apenas o eco de minhas angustias E ressoam... ressoam sem párar Yanos Talesin

Tristezas afundam Até onde o mar nunca acaba A noite vem Tornando tudo mais sentível Sentimentos iludam-me Amores se foram Beijo esquecido A carência é uma faca Corta o coração Os olhos se afogam A visão se torna a escuridão Estar perdido é um singelo sinônimo A música toca Arranha selvagemente a alma A alma chora, sem lágrimas Com sangue O tempo passa, não pára O tempo se foi Mas nada se vai Tudo fica, corrói O sol queima meus olhos O inverno brota solidão E a sensação A sensação... é de desespero Vizinhos estranhos Nunca os vi Não conhecem-me Todos sofrem calados Luzes piscam Não se sabe para quem Ou para que Apenas piscam, sem saber quem são Saber traz dor Conhecimento é poder Mas também é estar sozinho Com você, e não gosto de minhas profundezas Tudo dói Tudo dói... Arde Queima Toca-me e se vai Yanos Talesin

Vergonha sentida Num momento passado Com conseqüências presentes Entorpecida de lágrimas carentes Yanos Talesin

Para entender este singelo conto, você precisará ler o seu início, here . Ela, meu sutil e ao mesmo tempo fervente mistério, que em outrora sumira sem ao menos perceber-me, havia voltado, para o mesmo bar, nesta mesma rua, em frente do meu particular pequeno inferno literário. Talvez ela estivesse precisando de dinheiro, ou cansada de todo o miserável tédio que sua vida aconchegava-se, não sei, e na verdade, nunca saberei. Antes mesmo de vê-la por completo, senti seu perfume, e foi este que me ajudou a lembrar e identifica - lá. Incrível, tantos anos, e ele nem mudará seu raro perfume. Deus! Eu preciso lembrar-me que seu corpo engana, ela deve estar totalmente diferente. Desci, exteriormente avulso, pelas escadas, até o primeiro andar Mas, por dentro, estava totalmente submisso as lembranças Como eu ficara assim? Teria ela alguma bebida em seu perfume? E de repente, quase que subitamente, lá estava ela... Olhou-me, Talvez, pela primeira vez, depois de todos esses anos de le

Os poetas não gostam destas mulheres Cheias de seios e bundas, não Os poetas gostam de coisas simples Coisas que não estragam os olhos E que não perturbam o ambiente Não confunda com as gordinhas Os poetas não gostam de gordinhas infelizes... ...Lucas Augusto...

O céu estava escuro Uma tempestade havia chegado Porém os bens aventurados viram Quando o ônibus passou por uma avenida Folhas soltas de arvores, secas, velhas Esquecidas... Voaram bem alto Via-se uma imensa nuvem nostálgica de folhas Parecia que o céu estava casando com a terra ...Lucas Augusto...

Estava eu num ônibus sanfonado Mas, o grosso tecido Que permeava seu meio, estava rasgado Chovia também, as gotas pelo rasgo Tocavam-me, resfriavam-me Alguns reclamavam, Outros tiravam fotos, Alguns até faziam cara de nojo Como se a água viesse do esgoto Eu apenas sentia, Foi um pequeno banho delicioso ...Lucas Augusto...

Ela esperou o telefonema dele Por toda a eternidade - foi assim que sentiu Apenas ouvia-se o silêncio Já havia esquecido o som do telefone Como seria o tocar do telefone? Um som personalizado? Trii trii? Não lembrava. A angústia apagou as memórias A tristeza rompeu a alegria de outrora Para ela, havia apenas uma estação O inverno, gélido, eterno. O radio tocava a mesma música Ela mal percebia Nada saía do lugar Nem mesmo a solidão Yanos Talesin

Meu amigo, o único que restou Nessa cidade calamitosa O mais sincero O que vale a pena Conversa sobre coisas Que realmente importam Engraçado, divertido Filósofo. Muitas poucas pessoas Adicionam-me alguma coisa Raras são, você é uma delas Você me ajuda a ganhar conhecimento Possui uma visão lapidada da vida Que sempre se renova, pois tudo muda Possui minha amizade O que é muito difícil de conseguir. Um dos poucos que já me surpreendeu Um dos poucos que pretendo continuar conhecendo Um dos poucos que realmente me importo. Meu amigo. ...Lucas Augusto...

Vivemos por quem amamos, não por nós mesmos. Ao contrário suicidaríamos-nos. ...Lucas Augusto...

Existem duas vozes dentro de mim Uma gritando A outra me aconselhando Duas vozes dentro de mim Uma agonizando A outra em silêncio Não há nada a falar Duas vozes dentro de mim Uma expelindo todo sofrimento A outra tentando trazer o que há de bom Duas vozes dentro de mim Uma que nunca se achou A outra... Tentando não enlouquecer Há duas vozes dentro de mim Uma se entorpece de lembranças A outra permanece em silêncio Já não há nada a dizer Yanos Talesin

Não sei quem eu sou Senti que sabia Mas o que eu sentia se foi Quebrou-se, partiu-se Fragmentou-se pelo mundo... Yanos Talesin

Veste-se uma armadura Não para proteger pelo que há fora Mas sim, para proteger pelo que há dentro Yanos Talesin

Olhou-me ao longe enquanto aproximava-me Quando cheguei perto, virou o rosto Olhava disfarçadamente, Segurando um orgulho feminino Mexia em seu cabelo, sem preocupar-se Com mais nada, sem ter nada dentro dela Não sei o que havia tanto naquele espelho Parecia vazia e corroída Corrompida por ela mesma Por seu orgulho, e falsa beleza Na verdade, era triste e profundamente Perdida. -Inácio Bucowesqui

Entrei, sentei ao fundo O ônibus estava lotado Estavam todos indo, programadas Para seus trabalhos, Logo, sentaram atrás de mim Dois seres, terráqueos Já sabia que eram perdidos Muito antes de sentarem-se Não demorou muito, Um mau cheiro subiu de seus pés Malditos seres, mal percebem A si mesmos. -Inácio Bucowesqui

Manhãzinha, caminho solitário Bem a minha frente, tranquilinho Um sutil passarinho De perninhas pequeninas Pulava e pulava baixinho Suas perninhas conseguiam o sustentar O milagre da natureza Já preenchia a manhã. ...Lucas Augusto...

Chegar em casa, dormir Dormir para esquecer que vivo Sonhar para imaginar a vida Acordado se faz poesia Dormindo se esquece tudo Sentir é uma ironia O sonhar é mudo Pensar é uma constante agonia Contudo, acordar é deprimente. -Inácio Bucowesqui

Com dez dedos faço poesia Com um coração sinto a dor do mundo Com dois olhos extraiu essências sutis Com sentimentos suicido-me Com amigos - que amigos? A inspiração já esta me intoxicando A pego de jeito, a mexo, pra lá e pra cá As palavras voam Grito de agonia Versos me matam de prazer Tudo escorri Estou vazio de novo - poeticamente falando E as coisas começam a entrar de novo E a dor vai se acumulando de novo E... E, E! Tudo esta dolorido de novo Carência + Revolta + Raiva + Mundo Que veneno... -Inácio Bucowesqui

-Você anda lutando contra si mesmo? - Perguntou. Nunca ri tanto com uma pergunta, quando parei - depois de longos segundos - respondi ainda rindo: Escritores não lutam, já estão vencidos pela dor dos versos e toda essa poesia que o mundo traz consigo e carrega pra lá e pra cá. Escritores nascem falidos e morrem sem lucro. Que lucro haveria de ter esse rebanho de dementes e alienados? Glória a deus, Jesus é a verdade! Que bando de dementes. Quem haveria de lutar por isso? Só sabem vomitar o que outras pessoas regurgitaram em suas mentes podres. O escritor sente tudo isso, e chora, chora porque não lembra como veio parar aqui. -Inácio Bucowsqui

É inconseqüente Este amor incoerente É inconsciente Este amor carente Yanos Talesin