O Jovem Poeta

Vá! Parta! Mas deixe... Meu coração que você roubou naquele dia em que meu você lábio tocou, deixe meus sorrisos que roubara também! Mesmo que sem sua mania sútil de roubar-me eu seja um ninguém... A vagar por estas terras mais perdidas que meus próprios eus. Minha imaginação me iludindo: Meus dedos deslizam pelo seu rosto. Meu corpo me enganando: Sinto você me tocando. Minha mente me prendendo: À você. Mas meus dedos escrevem, você não está me tocando e não está aqui. Porra! Porque tu me manipulas? E esses caras tarados - Sem um pingo de essência a oferecer Por que deixas eles a iludirem? Eles não podem te proteger! Apenas eu posso - Mesmo que eu não proteja a mim mesmo Sacrificarei minha alma de poeta... ... Por você! Mesmo que a seus olhos Isso não seja muita coisa - Não é nada Comparado a você! Mas a cada passar desses segundos filhos de putas estupradas, eu sinto você partir, não sinto com a merda do meu coração incontrolável e sim a com a minha alma tão sua. Po

Hoje percebi que vou te perder a qualquer segundo. Bastam as variáveis que nos separam - mesmo que estejamos perto um do outro - agir sobre este nosso presente e sem intenção alterar o futuro. O nosso futuro. Percebi assim: Por dois segundos - quase três. Mas depois que o perceber se foi a sensação ficou, como sempre fica. Ainda sim, uma questão permanece: Como te perderei se nunca te tive? E então sentirei minha vida se transformar em um vazio singular - a vida, os momentos, as lembranças, não eu. A sensação do passar do tempo tornar-se-á mais lenta, porque você não estará mais aqui para alterar o tempo na minha vida. Os meus sorrisos diminuirão, não apenas por eu ser triste por natureza, e sim porque você os preenche por completo. Serão sorrisos vazios iludidos pela sua presente ausência. A sete palmos de um parque qualquer enterrarei tuas palavras. Em algum abismo - dentro de mim ou no mundo exterior - jogarei as lágrimas que caírem dos meus olhos, e quem sabe quando forem a

Teu olhar triste... Quantas lágrimas carregam? Encravadas em tua íris sem vida? Olhar de poeta amaldiçoado... Não destes falsos poetas que brilham Sem conhecer a essência do viver... ...Onde choram passos, choram risos E alvoradas. Chora-se tudo, tudo é lágrimas Perde-se a sensibilidade, o coração... A lucidez, e por vezes, até mesmo a vida Mas nunca se perde as próprias lágrimas Por quê? - Não sei. Clara Flôr

Primeira parte, Variáveis. Jane sempre foi uma mulher impaciente, um dia, por exemplo, uma velhinha pediu ajuda para atravessar a rua e Jane a ignorou. Mas este ato não influenciou apenas a agenda da velhinha, que agora, por se atrasar não iria chegar a tempo de comprar os pães quentinhos que Serginho fazia todas as manhãs. Jane atravessou a rua, sem olhar para trás, felizmente pelo bairro ainda andam pessoas de bom coração, José ao ver que a velhinha estava com dificuldades para atravessar a rua, imediatamente estacionou o carro e desceu para ajudar. O que José não sabia é que se ele parasse o carro ali, naquele instante, seu motor iria fundir, e fundiu. Rapidamente ligou para o mecânico, que rapidamente também chegou ao local e removeu o carro da rua. José voltou para a casa a pé, mas estava feliz, porque ajudou uma velhinha e José é desses tipos de pessoas que só focam nas coisas boas que lhe acontecem. Gustavo é desajeitado e seu pai sempre o corrige nos afazeres, naquela t

Preciso escrever... Ao contrário chorarei poemas... Pelo noite, até o amanhecer! Poemas de amor escorrerão pelos meus olhos Abrindo sorrisos e tapando cicatrizes Poemas cheios de dor! Escorrerão e arranharão minha face Voltando à antigas dores e morte - Porque poetas morrem a cada verso - E solidão! Poemas cheios de lágrimas borrando minhas memórias Trazendo a superfície o que antes estava em profundezas Ocêanicas. Em abismos, de luto... Pela morte de meus infinitos corpos desta vida! Pela morte dos amores! Dos amigos - ainda vivos E... De luto inverso e poético: Pelo nascimento de um novo amor Lágrimas sussurrando versos - literalmente Imensuravelmente: expressos em palavras inefáveis E quando estas gotas de essência poética Pingam no chão... A morte nasce entre as sombras Por que? Porque o poema acabou. Yanos Talesin

A quem devo chamar pelas noites? Quando meu coração triste estiver Para quem devo enviar... ...Meu abraço invisível tão sensível? Eu adorava te tocar. Mas responda-me: A pergunta mais importante! A questão fundamental! Quem devo amar agora? Se meu coração deseja apenas você... Com quem devo rir e falar besteiras? Se todos são presos em suas falsas educações... E apenas você... Sabe se divertir E me divertir, de verdade Com quem devo sorrir? Se meus sorrisos só buscam os seus... Sobre o que devo poetizar? Se minha poesia só quer poetizar sobre você! Onde me encontrarei agora? Se meu desejo mais profundo é me encontrar com você! Com quem devo desejar ser feliz? Se minha felicidade só nasce nos seus olhos Para quais estrelas devo olhar? Se nenhuma possui o brilho do teu amar! Por quem devo lutar? Se meus braços só se fortalecem... ...Quando te abraço... Que músicas devo escutar? Se em cada melodia encontro a letra deste amar... Quando me olho nos espelh