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Mostrando postagens de novembro, 2019

Em busca do amor

Prefácio Na busca por duas mãos descobri que estou ficando paranoico. Ao escutar os timbres da sua voz vibrando o espaço que nos separa, espasmos percorrem meu corpo agonizando o peito e estralando as veias do coração. Corro ao banheiro para vomitar socos na parede, os ossos do meu punho doem e eu não sei se isso é bom ou se dói. Tomei consciência que o amor é um vírus inserido no coração, cujos efeitos patológicos não se resumem apenas ao corpo, e por essa razão aritmética sem solução, morre-se de amor lenta e vagarosamente. Cada “não” acumulando-se sobre outras dezenas de “nãos” semeiam um ódio petrificado e infestado de raiva. Seus traços então se desfazem tornando-se enxofre e sangue. O sangue dos meus próprios dedos. Te odeio como nunca odiei ninguém, e odeio a vida como nunca odiei outra coisa. E odeio tudo numa vontade constante de autodestruição. Não faz diferença seu sorriso sobre coisas vãs porque não mais desenvolve-se em mim sentimentos positivos. O único medo que me rod