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Mostrando postagens de setembro, 2016

Efeito: Esthela – A Voz do Coração

Divindade das pétalas de flores azuis, Mil e uma gotas de chuva formam: sua face Teus poros nasceram no céu, Seus olhos movimentam-se Como se desenhassem: Um véu para sua alma dançar, Mulher das estrelas: alma lunar, Você é duas vezes fogo Mas também te alcanço nas ondas do mar. Tua expiração é uma sutil contemplação, Na quintessência do teu ar Eu sinto você exalar: O infinito, Entre 120 batidas por segundo Teu coração se torna o palco de planetas, Sistema solares na palma da sua mão, Porque além de estrelar Você é o tom singular das músicas Que te fazem girar - até alcançar: Este instante presente e ficar a.q.u.i. Em tua pele cometas depositam sonhos E nebulosas colorem seus lábios Um quebra-cabeça do cosmos, Astrologia milenar, Pincelada pela constelação de Áries Esthela estrelar. Tua – profunda – voz ecoa dentro de mim, Teu timbre – delirante – ferve a felicidade, Na escuridão tua voz é guia para o amanhecer. Ser ou não ser, com você não é uma questão

Trechos de uma história sem fim

“Devo eu descrever o amor sem nunca o ter vívido? Não, escrevo sobre as flores, pois são o que lembro da minha infância. Flores, não amor, apenas flores.” Era essa frase que Lúcio repetia para si mesmo sem entender o valor de seus pensamentos. Os anos marcam o passado, e a cada ponteiro o sabor do beijo dela some de seus lábios. Não é esquecer que machuca, mas lembrar todos os dias que está esquecendo. Uma parte da sua consciência luta para manter as memórias. A noite seu coração cria garras e segura cada lembrança até sangrar. Até o fim. O centro do seu peito se transformou em um bueiro entupido, impossível distinguir se ele sofre de Sopro ou de aversão ao seu próprio coração partido. Cada passo pela floresta lúgubre a sua frente, ao seu redor, atrás de si, seus olhos se fecham, tão escuro é seu caminho quanto é dentro de si. Não faz diferença. Nunca fez. Desde sua infância no orfanato, sua especialização é criar personagens. Para cada situação, ele possui um outro eu, para

Trechos de uma história sem fim

Pequenas montanhas ocultando Shangri-lá, eram seus lábios. Ao redor do corpo, fumaças desmanchavam-se, navegando em sua existência e pulsando amor, quem fixava o olhar na dança dos seus dedos e braços femininos era jogado num abismo - pois essa era a distância entre ela e os humanos ao seu redor. Um abismo sem pontes. Um buraco refletindo a escuridão. Uma montanha inversa. A perdição. Pernas copiadas pelos pêssegos se estendiam apontando para o céu, seu destino final. Onde seus olhos de menina estão. O crânio e a carne não são suficientes para criar sua beleza. Por que um olhar tão triste e frio? Mulher inconstante. Fases da lua. Máxima solar. Sabedoria milenar. Subindo pelo seu mapa carnal, tuas coxas ocupam no espaço-tempo a sedução que mil outras nunca preencherão. Imagino meus dedos deslizando-se por cada poro, delicadamente, com uma pressão imitando as batidas do coração. Até ser a vez dos meus lábios entrarem em cena, neste teatro de carinho e amor. Intenso. Eterno no se