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Mostrando postagens de maio, 2017

Escuridão

As flores não nasciam azuis Qual a cor da solidão? A solidão que sustenta o mundo? Os corações pararam de bater Sem sonhos para bombear Sem amores com quais sonhar Os espíritos não estão na porta Ouve-se apenas o silêncio do vento O silêncio ensurdecedor do silêncio As palavras não abarcam meu mar Poemas cansaram de serem poemas Agora são o que ninguém cansa de ignorar O abismo toca uma música suave Um solo de piano ininterrupto Será este o meu paraíso? Os beijos não iluminam o coração Estão enterrados no passado E são ilusões que imitam o futuro Desisti de contemplar o possível Porque as tentativas de amar Resultaram-se fugazes, inúteis A sensibilidade está oca As sobras são de esperança E chamam-se Escuridão. L.A