Postagens

Mostrando postagens de julho, 2016

Trechos de uma história sem fim

Traços feitos com açúcar, mas desenhada com os pincéis da intensidade. Áine é uma mulher que gosta de mergulhar nas delícias da vida. Herdou da constelação de escorpião seu gosto por ter o indescritível na ponta dos dedos. As músicas abrem seu coração, afinam sua mente e fazem vibrar seu corpo: arrepia, envolve, expande. Ela naturalmente sorri, não precisa de muletas-homens para ter um sorriso que ilumina mesmo em letras bagunçadas. Se um dia você a fizer sorrir, saiba que fez nascer um pequeno sol em algum lugar. Ela é o ingrediente secreto para a vida adquirir um sabor de amor próprio. Ela gosta de Anime, na tela: aventuras com a imaginação, significados decodificados apenas pelo seu coração. E quando algumas cenas a fazem sorrir, marcam não apenas sua alegria, mas também sua memória: registrando-se para sempre, o inefável. Seus medos, sonhos, defeitos e desejos - coisinhas preciosas que dão formas aos seus fios de cabelo, lábios, olhos, passos e movimentos de braços a dançar,

Tensão

Intensidade: à flor da pele, qualidade de quem exala o infinito. Intensidade: Teu coração é arte – sentindo os traços da felicidade. Intensidade: Fecha os olhos e sorri, a música te leva a ser como nuvens no céu. Intensidade: Todas as possibilidades não são suficientes, cria-se o imensurável. Intensidade: Carinho, todos os poros da pele se tornam pontos em chamas. Intensidade: Na alegria: esborra e contagia. Na dor: as estrelas perfuram o coração. Intensidade: Todos os sabores, experimentar: Todas as paisagens do mundo. Intensidade: Nenhuma história tem fim, elas se perpetuam indefinidamente dentro da gente. L.A.

Trechos de uma história sem fim

Eu fiquei ansioso demais? Então ela disse que voltaria logo, Num momentâneo estalo: Eu senti a despedida. Ignorado, ignorado Por que não seria? Eu mesmo me ignoraria, Eu me ignoro, todos os dias. Estranhão, estranhão Incompatível com 99% da população, Invisível, poeta das ilusões, Porque é tudo o que consigo criar. L.A.

Trechos de uma história sem fim

Aos 89 anos, Juvenal descobriu ao fazer amor com sua esposa de 87 anos, que o amor é a força motriz do desejo físico. Era sempre como a primeira vez, mas era mais devagar – qualquer movimento em falso, os dois poderiam lesionar a coluna. Era contato sem obrigação, não era por prazer, mas pela conexão. As vezes durante a madrugada os dois acordavam querendo sentir aquilo – a sintonia emocional e espiritual, uma saudade introspetiva. E se a lua naquela noite estivesse iluminando o quarto, os dois faziam amor com gargalhadas gostosas – era impossível não rir da boca banguela do outro. Os vizinhos se assustavam com isso, é muito difícil conviver com o amor nos outros. L.A.

Duas Histórias

-Posso abusar de você? -O quanto quiser. -Quero outra história, ou um poema, ou uma crônica! -Você nunca se cansa? Sobre o que? Você sabe… Sou péssimo com temas. -O amor! -De novo? É a quinta vez essa semana. -Começa logo enquanto não amanhece, eu sei que você poderia falar sobre o amor por eras. -Uma história então, o estilo eu escolho. -Faz carinho em mim ao contar, quero sentir os choquinhos dos seus dedos. Era uma vez… -Sem era uma vez, quero algo concreto, sólido, mas sutil. -Isso vai lhe custar muitos beijos. -Eu sei. Era 2004 e ainda existiam garotos inocentes, mas um em especial se sobrepõe a todos os outros. Miguel tem 13 anos e gosta muito da garotinha que senta a sua frente, Melinda. -Que nome engraçado! -Tem que começar com M para sentar perto dele, dã. Ele juntou coragem por três semanas para este dia, coragem suficiente para três palavras e menos que cinco segundos. Subitamente, na troca de professores, ele se levantou, foi a frente de Melinda e disse:

Diário de Bordo

Os amores contrariados sempre tiveram um efeito positivo em mim. Os primeiros - dos anos menores. Trataram de fortalecer minhas bases emocionais. O mais importante: fizeram isso não me deixando frio. Dos anos segundos - um jovem adolescente aprendendo a viver. O único, me mostrou que o amor vai muito além do que há no corpo e pode se expandir além da imaginação. Dos anos quase finais - um adolescente cheio de hormônio, me ensinou que emoções fortes demais estragam a sutilidade do amor, me mostrou que a total confiança é essencial e cria momentos inimagináveis, um corpo nu deixa de ser um corpo nu para se tornar uma estrela aos olhos do amor. E também me ensinou a perdoar. O último - chegou na Primavera e se foi no fim do Outono, me ensinou a ser menos carente de outros e aproveitar melhor a mim mesmo. Enfim, amor próprio. Parece frio, mas não é. É que o amor próprio é sólido demais para aqueles com olhos derretidos. Não é ruim ter olhos assim! Aos 22 anos de idade.

A Verdade é um Sentimento

Amores sempre chegam com uma canção, E sem nenhuma música de fundo se vão, Alguns fazem ecoar dores de saudade, Mesmo partindo, outros deixam felicidade. Por isso o amor não é um só, claro que não! O amar é diferente para cada coração, Alguns se encontram no outro, totalmente, Outros se perdem completamente. Não é uma questão de metades iguais, mas: De partes inteiras semeando no outro: paz, A obsessão cria no peito um buraco negro, Já o amor, nos transforma em estrelas. Quando o toque não absorve, expande, O centro do peito queima e vibra, transcende, A sintonia se torna uma sinfonia de emoções, Dois corações criando: uma única canção. O amor é o ponteiro maior do universo, ele não marca o tempo, mas a vida. L.A.