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Mostrando postagens de agosto, 2012

Espelho

Olá, corpo, Obsoleto e superficial, Com olhos tristes E barba mal feita. Espinhas nascendo, Lábios secos, O óculos quase caindo... Sem feições, sem sentimentos. Mas diga-me, como tu se sentes? Ah, você não sente... Então fale-me, tem envelhecido? Sei que tu é novo, mas me sinto velho. A observação se volta para o olhar: Desculpe-me olhos meus, Se os faço lacrimejar tanto, Vejam pelo lado bom... Apenas se molham Lágrima nenhuma desce, tudo anda meio seco. Observo minha barba: Estou tão feio com você... Porém, Este é meu objetivo, Continue crescendo além... Quero parecer um velho abandonado, pelo tempo. Lábios... A quanto tempo não tocam outros lábios? Descascam por desespero? Ressecam por carência? O tempo em solidão os consomem, aos poucos. Mãos pequenas estas minhas, Nunca sentiram a maciez de uma pele feminina, Quase tudo que conhecem é o lápis e o teclado, De resto... A água que as molham quando em desespero A jogo no rosto. Pernas cansadas C

Desejo Tecnológico

-Se um dia nano-robôs fizerem vários clones robóticos de você, e eles fossem programados automaticamente para realizar a sua maior ambição/sonho/o que mais pensa... O que eles fariam? -Se auto destruiriam... T.P Inácio Bucowesqui

Sorte

Vos logo dizendo: Não conheço amor, apenas paixão. Sempre me pego em desejos calados, quando estou dentro dos ônibus Para pagar algumas contas, ou vagar por aí Nada é melhor que a dor que mora em cada esquina para despertar-nos Mentira! Nada é melhor que a carência para despertar-nos! E é ela que encontro quando uso conduções Porque a carência mora dentro dos ônibus, dos trens, dos aviões! Nas longas filas, na eterna espera de nossas vidas! A carência somos nós. E vos digo mais: O amor ilude almas, enquanto a paixão queima corações. A minha frente sempre senta alguma bela mulher (E ao meu lado alguma boa velhinha) (Outrora... Resido junto ao vazio - que aqui antes já estava) E o pior! Quando o ônibus acelera, e pela janela o vento adentra-se Seu perfume me encanta, me ilude, me leva a um abismo Porque esta é a distância entre mim e ela: Um abismo Não da parte dela! Mas da minha. Ela não tem luz própria para guiar-se por minha escuridão Então porque o perfume dela se guia? A paixão é es

(Re)Encontro.

Os portões se abrem A tristeza está a fugir (Para onde?) Em minha direção Não quer outro alguém Quer molhar-me os olhos E chorar comigo também Minha companheira de outras bandas Momentos Amores E saudades Tristeza tão triste, porque choras assim? Acabo consolando a tristeza E esta se lembra de mim Erámos amantes há muito tempo E agora nos reencontramos Nos gostamos e nos amamos Tudo está como era antes Mas tão diferente e distante... Yanos Talesin