O Jovem Poeta

O tempo tenta ganhar de mim com dias Eu, tento ganhar dele com poesias O tempo tem a vantagem de dominar a eternidade Eu não tenho vantagens, apenas versos e versos... O tempo nunca tropeça ou se atrasa Eu, as vezes me perco no caminho para mim mesmo E nesse jogo que é quase um dilema... Enquanto ele sempre passa, eu sempre escrevo. ...Lucas Augusto...

O Jovem Poeta desejava uma vida humana E a sua natural incapacidade de tê-la O torturava pela noite e ás vezes pelo dia Por seus olhos escorria-se poesia Seu coração não aguentava tanta vida Por vezes sofrendo com dor Por vezes agonizando de amor Mas quando descobrira o quê o tempo o reservava A perplexidade o confrontou Papéis brancos e vazios surgiram Eternas poesias nasciam por sua essência O que ele não podia renegar Escreveu por noites a fio Até que seus dedos começaram a sangrar Sua humanidade biológica O impedia de ser quem ele é Mas continuou Até seu sangue manchar seus versos Uma fusão, de solidão E cor... As luzes se apagaram Cansado, parou de escrever Parou de sem quem ele é Fechou os olhos e abraçou a morte Faleceu sendo quem eras Encontrou quem sempre precisou... ...Lucas Augusto...

Nós deveríamos ficar, Apenas observando a chuva Neste lugar Noites e noites de tempestades Quando tudo que sabemos É que elas passarão... A espera faz nos fortes Não chore querida A tempestade passará -Quando papai? -Quando o tempo quiser -Você não pode pedir para ele? -Ele é teimoso, igual seu avô, meu pai. O pai foi dormir, a criança permaneceu na janela, a esperança que o tempo criasse juízo florescia em cada vez mais dias em seu coração de criança. A tempestade trovoava, quebrava galhos, interrompia estradas, impedia rosas de crescer e o sol de aquecer... -Ainda na janela, minha filha? Já quase não vê por ela... Os suspiros de agonia fizerem do vidro uma fotografia embaçada. -Ainda tenho esperança, papai. Aniversários passaram, amigos se foram, e enquanto a morte corria por casas e noites, a garotinha esperava a tempestade passar. Seu pai, já velho por causa da impaciência do tempo, consolava-a. O final...? A tempestade nunca passou Seu pai falecera alguns

Uma carta para mim aos quatorze anos de idade. Querido eu do passado. Você deve estar agora com quatorze anos, ainda gosta daquela garota, certo? Posso te garantir que isso não é nada comparado ao que irá sentir por uma garota, logo logo, você conhecerá o amor, pela primeira vez. Aconselho que não seja tão impulsivo, intenso e direto,  como eu fui, saiba aproveitar os momentos com ela, se você cometer os mesmos erros que eu cometi, o que não seria estranho, não fique se torturando com toda a dor, ela nunca vai passar, você irá aprender a esconder toda a sua dor, e em certos momentos descobrirá que os sentimentos se escolhem, e seu primeiro amor, irá partir, para sempre, por mais que ache isso impossível quando conhece-la, você ficará impressionado por como as coisas podem mudar. Você é e ao mesmo tempo não é malicioso, ninguém nunca irá entender isso, pensarão que você é safado/tarado, etc. Não se torture muito com isso também, desculpe repetir isso tanto, é que, enquanto se tort

Beije-me minha amada e depois se deite ao meu lado, para olharmos as estrelas juntos e unir nossos corações. Quero dividir com você meu sofrimento para sua natural felicidade o dissipar. Toque meus lábios com sua essência, sob ela quero estar. Abrace-me o mais forte que puder, quero sentir a pele macia de teus braços e a suavidade de teu rosto. Não se vá jamais, sua partida é a origem de toda minha melancolia, você é o poema que eu nunca conseguirei escrever, meu verso com eternas rimas, a minha harmonia, parte de minha própria vida. Fechemos juntos nossos olhos agora, seja minha sólida escuridão, seja um motivo para eu abrir os olhos e ter algo para encontrar... Para minha tão amada, Solidão. Yanos Talesin

A um passo do abismo, quando o vento entra pela janela mostrando-me que o mundo está nublado assim como o meu mundo interior, uma dualidade reciproca. Nada se vê e tudo se sente. São quase seis horas da tarde, a neblina parece-me cada vez mais densa. Hoje o tempo passou tão devagar... Deve ter sido a minha falta de felicidade, a tristeza tem essa magia que faz-nos viver o presente e toda sua melancolia. Yanos Talesin

Esperança perdida Num mar vazio e escuro Escuridão presente Mas cheia de ausência Em sua essência Vozes sussurram O quê o coração não quer escutar Pulmão agonizando sem ar Olhares distantes Imersos no horizonte cheio de nada Enquanto sonhos ocultos Correm pelas noites solitárias Músicas ressoam pela memória Lembranças despertam Finalmente a dor chegou Saudade grita Som agudo, quebrando Minha alma de vidro São pedaços de alma antes viva? Ou pedaços de uma alma sempre morta? A solidão tem fome de presença A presença nunca chega... Mas a solidão nunca morre de fome... Então, Sobra apenas a eterna vontade de outro alguém Passado despido Presente nulo Futuro, onde está o futuro? Nascem de uma essência cansada As mortas palavras Que se enterram a sete palmos Em meu cemitério de sentimentos Ônibus cheio Mas ao mesmo tempo vazio Não há ninguém para mim Não há ninguém aqui, que olhe para mim assim: "Posso te curar" Vaga pelas calçadas de ru

Pequena criança chamada: Solidão Chegou assim, sutilmente Como uma brisa - mas ainda mais sutil Já sinto os olhos a inundar-se de lágrimas Não, não é de dor... É que a criança, Solidão Esta a me contar inocentemente Sobre seus sonhos e amigos imaginários Sonhos preenchidos por um vazio Amigos... Nascidos de sua própria solidão Inocente criança... Não chora por estar sozinha Não chora ao ver todas as outras crianças Brincar em parques com seus corações preenchidos Não chora ao ver adultos cheios de amigos, e orgulho Chora sim, pelo belo nome que o destino a deu: Solidão. Muda, introspectiva Olha-me com seus olhos bondosos E cheios de ausência Mas não entendo, não saí de minha cabeça Num poço com tanta tristeza, porque não choras? E pela primeira vez, ela diz: -Já escorre por todas as minhas lágrimas suas próprias solidões, eu, por dentro, moço, choro a todo o momento, mas coração meu, não tem olhos para derramar suas lágrimas... Inocente criança... De nome tão

E às vezes o mundo me parece tão ainda intocado pelo homem Como se o céu - o azul, cheio de estrelas, galáxias e constelações Nos observasse calmamente, sussurrando: “Vocês estão aí apenas de passagem tudo que fazem à Terra, fazem a si mesmos mas a Terra pode se renovar, sempre, Já vocês... Logo desaparecerão.” ...Lucas Augusto...

Todas as tecnologias que estão sendo desenvolvidas Que envolvem usá-las no dia a dia Assustam-me, como por exemplo, o Google HUD Celulares que alienam visualmente... ...As pessoas logo esquecerão de olhar Sentir, observar, enxergar o mundo! Sorte dos pobres e esquecidos poetas... Nem se quisessem poderiam esquecê-lo Pois o mundo e, tudo que o perpetua Também olha para o poeta... E quando dois olhares se encontram Refletem no papel um poema Versos, devaneios e sensações Nascem as palavras mortas Que são, por essência Mais vivas do que jamais poderiam ser. ...Lucas Augusto...

E de repente, as lágrimas brotaram E chorei, nunca chorei tanto... Mas não era dor, ou angustia Era outra coisa, que purificava toda a dor Era amor Chorei de e por amor Pela primeira vez Em toda a minha vida. Yanos Talesin Um poema pequeno para algo tão grande Por que não consigo escrever chorando tanto...

O...b...r...i...g...a...d...o...

O coração pesa  Triste peso que puxamos por aí... E sem ninguém perceber Às vezes a corda que o segura, rompe E o coração, com suas toneladas e toneladas... Rola por mundo a fora A procura - quase sem esperanças De uma outra  alma sutil o bastante Para segurá-lo apenas com o carinho E não, com a força da angustia Estampada no peito O coração pesa Peso triste de um pulsar desvalido Bombeando o sangue Enquanto a dor permanece estática... Nem uma injeção de esperança resolveria... Yanos Talesin

Esperar-te-ei naquele banco da praça que te vi Naquela primeira vez, em tempo de primavera Não tenha pressa não, meu coração é paciente Ficarei a ouvir o cantar dos passarinhos E os conselhos da chuva, sobre nosso futuro amor Agora a pouco, ela me disse para sempre ser sutil com você Engraçado ela dizer isso enquanto molha meu corpo E arrepia de frio minha alma Mas não a culpo não, esta é a essência da chuva Assim como a minha é te fazer feliz... Não tenha pressa não Ficarei a observar as tantas mulheres Que passam a frente na minha pequena vida Sentindo espontaneamente que nenhuma me merece  E nesses momentos de sentir e chorar Lembro automaticamente de você Minha razão, minha fé, meu nobre sentimento Mas não esqueça, não precisa ter pressa! Meu coração esta envolto por uma rude armadura Feita do material mais resistente do planeta: Solidão. Mas sei, tenho a certeza, que quando a ver Você não vai perfurar minha armadura Eu vou querer, por própria vontade Rem

Parte 1: aqui Parte 2: aqui Não consegui, mentalmente, fechar os olhos Depois de tantas horas acordado Parecia haver areia neles E quando lacrimejavam sentia o gosto de uísque  Comecei a ouvir os carros na rua, os ônibus E as lojas abrirem, mas principalmente O ranger que cobre a rua Quando o bar abre, e possivelmente Minha amada está lá... Com certeza ela estaria, porque não estaria? Teria ela sofrido algum acidente? E levada ao hospital? Merda, eu não posso pensar o pior, desgraça Ela já deve estar lá em baixo, claro que está Levantei, e meus velhos ossos estralaram Um por um, como se todo meu corpo Tivesse dormido, e apenas o coração Sangrando por desespero Permaneceu acordado, joguei água na cara E olhei-me no espelho Eu estou mais feio que o próprio Diabo Mas não me importo com isso Hoje farei contato com meu amor Olhei o relógio, são 9 horas da manhã O relógio nunca pareceu tão vivo Com seu tique taque que mata A falta de eternidade que carrego com

Aqueles que despertam em si, uma certa doença que dificulta o contato com outras pessoas, fazendo nestes nascer uma certa vontade de solidão, são tão estranhos para outros como para si mesmos. Há mais motivos para querer permecer sozinho do que para tentar um relacionamento - E doenças-sentimentais-poéticas sabem disto. Yanos Talesin Quando Estou Prestes a Nascer

A quem estamos enganando? - Beleza é essencial, porém a falta de inteligência a anula. Onde também, a inteligencia reina soberana, a falta de beleza a anula.  -Cada um têm seu conceito de beleza, não existe beleza absoluta - este é um importante ponto. E não se esqueça, uma vez que esta regra se aplica, você também sofre por ela. ...Lucas Augusto...

Não tenha medo de viver um sentimento, um momento, uma alegria duas vezes. Não tenha vergonha de ler uma pergunta ou um texto várias vezes, tenha medo e vergonha de falhar ao extrair de tudo isso o conhecimento e os aprendizados necessários para a sua vida. Repita-se, mude. ...Lucas Augusto...

Onde estas, pequena dama de olhos azuis? Quando minha solidão sorri sinistramente para mim Confesso que já não tenho coração para ti ou para o amor É bom - e digo isso com toda sinceridade e simpatia: Que você apareça logo... Sinto, lá no fundo Mas no fundo do fundo do fundo Que ainda há uma pequena chama dentro de meu coração Que talvez, ao seu toque, vire um bom incêndio E nos incêndeie Yanos Talesin Desespero Calado

Dizem que vou encontrar um amor Lá pelos meus vinte e sete anos Alguém para perfurar minha solidão E arrancá-la de minha pele Se encontrar, essa tal moça Vou perguntar sobre sua juventude Ela dirá, com certeza: Que ia para festas, shows e, bares... No término de seu relato passado Olharei para ela com toda minha angústia Erguendo ainda mais minha armadura E perguntar-te-ei: Onde esteve quando em minha juventude A solidão me dilacerava? Jamais a perdoarei por isso. Levantar-me-ei e partirei... Yanos Talesin "A solidão é a sorte de todos os espíritos excepcionais." - Arthur Schopenhauer.

O futuro pesa mais que o passado Devido a todas as esperanças Que nele depositamos O futuro nunca deixa de pesar  Seja nos próximos segundos Ou daqui alguns anos Nas vozes que virão ou no eterno calar Seja pelo que imaginamos Ou apenas pelo que aspiramos... O futuro também dói Pois sempre esperamos que seja melhor Mas na verdade, os dias passam E nada muda, a solidão é mesma de outrora A vontade de partir nem se escreve E o coração em vez de melhorar Sempre piora... Yanos Talesin

Palavras inconstantes Jorrando de minha essência Calmamente, um líquido angelical   Uma veia de inspiração inestancável Um sentimento nostálgico São as lembranças... As mesmas que um dia trouxeram felicidade Agora esboçam apenas solidão  E demonstram autodestruição De onde nasceu tanta dor...?  Onde antes existia apenas lago pacifico... A superfície oculta artisticamente O que em nossas profundezas  Acontece diariamente... Eu preciso sair deste ônibus Há um abismo vazio entre as pessoas Eu posso sentir, todos distantes um dos outros E anos luz de mim O motorista corre pela avenida escura E todos balançam seguindo o fluxo do abismo Há uma garota bela lá na frente Mas parece tão perdida quanto eu O ônibus finalmente pára Desço em meio a uma avenida deserta Onde os únicos sons São o sopro de vento dos carros a cem por hora Estou sozinho, sento no chão de terra A beira da avenida Enquanto carros passam Com pessoas dentro que mal se importam Encosto a cab

Ah! Que dia foi aquele! Quando uma garota que eu não sabia o nome - não tive a coragem de perguntar Só de tentar saber faltava-me ar... Minha imaginação careta Ficava a iludir-se e iludir a mim Com o possível abraço que um dia Ela poderia me dar, Os beijos, as conversas, os risos... Como quando eu iria dizer que a amo Quando em meu colo ela estivesse Mas tudo isso e mais um pouco Deixemos para o falso futuro... Porque a única imagem dela que tenho Ou a última que ela me proporcionou Foi quando do ônibus ela desceu... Sem nome Sem voz Sem gestos Sem alegrias Sem toques... Pois tudo isso Dela eu não tive e não conheci Yanos Talesin

-Hahaha, então quer dizer que você é poderoso? -Não sei ao certo, mas acho que sim. -Você pode me bater tão forte que eu voaria e morreria? -Não. -Hahaha, você pode me fazer queimar por dentro até morrer? -Não. -Você pode voar? -Não. -Você pode se curar em poucos segundos quando se machuca? -Não... -Hahahaha, você é mesmo um idiota, você pode ficar invisível? -Não... -Hahahaha! Então não tem poder nenhum. -Sinto sua vida... Desculpe-me, mas sei que tens vivido em uma vazio enorme... As vezes se sente caindo em um abismo sem fim, chora todas as noites porque se sente só e seu único amor não o quer. Mas o pior de tudo, é que não pára de pensar na sua mãe... Que morreu o mês passado, como quando viu o corpo dela gélido e branco no caixão antes de ser enterrada. -Co....mo... sa...be...? -É o poder das palavras... -Mas... como...sabe... de tudo.. isso...? -Todos sabem que sua mulher o deixou e você a amava de verdade, era visível isto quando olhava para ela, todos sabem q

A Garota e Sua Consciência Persistente -Mas por que será que eu não consigo ser feliz com festas? - Pensa secretamente. Porque são lembranças ora bolas, você precisa ser feliz com algo que aconteça constantemente em sua vida. -Como assim? Você se sente feliz quando esta nas festas, não? -Sim, eu pulo, danço, beijo, bebo... Mas festas acabam, não é algo que aconteça constantemente em sua vida, a todo o momento. Logo, você fica presa em um ciclo, lembra que quando esta nas festas você sente feliz e livre... E enganosamente se prende no ciclo de ir a festas a quase todo momento. -Mas ainda não entendi a coisa de ter algo constante, dinheiro? – Pensa sorrindo. Dinheiro é um falso constante, ele pode ser constante em sua vida (conta bancária), mas não compra nada que possa ser constante em sua vida. -Mas o dinheiro pode fazer eu ficar em uma praia paradisíaca o resto da minha vida! Serei eternamente feliz! Diz isso por falta de conhecimento e senso de curiosidade. Ou seja, não co

Não gosto de tatuagens Para mim, o corpo em si, Já é uma obra de arte E quando uma arte tenta sobrepor a outra As duas se anulam Apenas minha visão -Olha! Que bela tatuagem, não? Meus olhos dizem que sim Minha essência diz que não Mas meus olhos enxergam apenas o visível Minha essência sente por completo Yanos Talesin

A própria noite se ilumina enquanto o amanhecer não aparece A escuridão é uma forma de luz Calma e serena, oculta pelos seus próprios mistérios Escondendo algo dos pobres mortais Hipnotizados pelo sonho que chamam: vida Perdidos e esvaziados Por seus próprios conceitos humanos Cegos e solitários - não enxergam a si mesmos Insensíveis por não sentir o próprio céu que rege suas cabeças Ambiciosos por desejaram tocar as nuvens E conhecer as estrelas Estrelas de brilho imerso em trevas Pobre homem, pobres humanos Fazem de suas vidas o centro do Universo Quando na verdade... São tão desorientados quanto cães sem consciência E são tão vazios quanto os falsos sorrisos que distribuem Correm para festas, entorpecem-se de bebidas Perdem a lucidez - a pouca que tem Pulam e gritam como se não houvesse amanhã Até depois da morte há amanhã... E no fim de suas vidas... Estão tão perdidos como no começo... E se lembram, que lá no meio Enquanto a estrada ainda era fértil Qu

Versos perdidos a voar pra lá e pra cá, a procura de pobres poetas que possam entendê-los e senti-los. Tomam carona na brisa do vento, agonizando de solidão. -Fiquem assim não, vocês encontrão algum poeta bem antenado! - Diz o vento tentando confortá-los. Os versos perdidos permanecem num silêncio distante. Olham para todos os lados, desesperados. Não há tantos poetas, as maiorias dos humanos vivem suas vidas sem sentir nada. -Olhe ali em baixo! Naquele ponto de ônibus! Aquele garoto! Olhando para o céu como se pudesse nos sentir! - Diz a nuvem, quando a brisa com os versos perdidos passam por ela. A brisa torna-se mais forte, dá um rasante surpreendente e inunda o corpo do poeta passando por ele, e deposita sementes de poesia em seu coração. O pobre poeta - tão perdido quanto os versos - sente rapidamente tudo a sua volta, os versos passam pela sua mente e inundam sua alma. Mas ao mesmo tempo em que tudo se torna poético, há pingos de desespero também. Então O poeta sente,

Queria dormir e não acordar mais... -Você sabe que não adiantará de nada, terá sonhos tão lúcidos quanto sonho que vive neste momento.

Versos perdidos por que tanto me procuram? Andam pela noite a procura de um pobre poeta? -Sim, não há muitos que nos entenda Não sabem que me ferem tanto quanto me curam? -Mostramos apenas as coisas como elas são É sempre um dilema... Quando chegam assim, de repente Sem ao menos bater na porta Tudo toma cor e forma Sentimentos ocultos revelam-se As sensações são claras Os sintomas perversos Estou doente de poesia... E é um estado terminal -Não tão terminal quanto ser um humano O que queres dizer? -Ah... Antes viver com a poesia a viver ao lado de todos estes humanos ...Lucas Augusto...