A Criança Interior Da Solidão

Pequena criança chamada: Solidão
Chegou assim, sutilmente
Como uma brisa - mas ainda mais sutil
Já sinto os olhos a inundar-se de lágrimas
Não, não é de dor... É que a criança, Solidão
Esta a me contar inocentemente
Sobre seus sonhos e amigos imaginários
Sonhos preenchidos por um vazio
Amigos... Nascidos de sua própria solidão
Inocente criança...
Não chora por estar sozinha
Não chora ao ver todas as outras crianças
Brincar em parques com seus corações preenchidos
Não chora ao ver adultos cheios de amigos, e orgulho
Chora sim, pelo belo nome que o destino a deu:
Solidão.

Muda, introspectiva
Olha-me com seus olhos bondosos
E cheios de ausência
Mas não entendo, não saí de minha cabeça
Num poço com tanta tristeza, porque não choras?
E pela primeira vez, ela diz:

-Já escorre por todas as minhas lágrimas suas próprias solidões, eu, por dentro, moço, choro a todo o momento, mas coração meu, não tem olhos para derramar suas lágrimas...

Inocente criança... De nome tão profundo...

Yanos Talesin

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