Eutanásia
Era uma vez em um coração muito, muito distante, uma dor - sem limita-lá ao numeral, a própria se estendia suas raízes por centenas de outras pequenas dores. A singularidade dela: Sua criação automática de uma consciência em prol de fortalecer os vínculos e as ligações nervosas, para então com a absorção dos pequenos machucados emocionais diários se tornar mais forte. Possui uma consciência tão inteligente a ponto de se nomear, Eutanásia. Vivi no centro do peito de um poeta, durante a noite dorme com ele, o cobrindo de melancolia e solidão: Tudo que dói é ausência. Durante o dia, o belisca quando ele tenta sorrir, se derrete quando a água do chuveiro escorre pelo corpo dele, insisti em produzir pensamentos tão mórbidos quanto o suicido, mas vivi realmente para doer. Por vezes se mexe, se intercalando entre o peito esquerdo e direito mas sempre voltando ao centro, o deixando sem ar. Grande coração de poeta, com dor... Onde estás o antigo espaço para o amor? Não és mais um