"A verdade, minha filha, é que eu não sei como parar este poema".
Divisor de Sentimentos
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A melancolia assassinava e em seguida substituía o amor que tem por ela. O que os livros não dizem, mas a vida ensina: Poetas não, exclusivamente, criam sentimentos, mas também os matam involuntariamente.
Laila é uma mulher muito intensa, embora tente disfarçar, seus olhos brilham sentimentos sem fim. Ao mesmo tempo que isto é bonito e único, seu coração bate apertado com a esperança de ter um passado melhor, com a expectativa de não ter um futuro tão ruim. Um futuro sozinha ou um futuro sozinha com alguém... Ela não percebe sua percepção afiada, sua capacidade de enxergar as entrelinhas. Sua competência germinando o que ela toca. É que a Laila, é destas mulheres tão intensas que as vezes as emoções cegam. Ela já passou por tanto coisa que seria possível preencher outro oceano com suas lágrimas. E se existisse analgésico para o coração, ela certamente estaria viciada. Entretanto, existe: o analgésico do coração é a sabedoria de se desprender das correntes que te conectam com o passado. É um ato de quebra. É um foda-se para tudo o que passou. É aceitar que o amor é um encantamento de pensamentos, toques e emoções e não um sentimento-pessoa que diz que ela foi um atraso. Ela nã...
Evolvendo seu coração existe uma muralha de três quilômetros construída com tijolos de traumas e lágrimas, por mais que eu corra não consigo encontrar uma porta, uma abertura. Entre cada sorriso um segredo, um medo. Tão perto e ao mesmo tempo tão longe. Uma agonia estranha perfura seu coração todos os dias, como agulhas invisíveis jorrando lágrimas, aprofundando um desespero quase palpável. Os ciclos de pensamentos agonizantes entorpecem a mente, as imagens mentais. Você está se afogando e ninguém enxerga. Todos os dias sente que irá explodir, e nos dias calmos sente uma tempestade se formando dentro de si. Não sabe para onde fugir. Não consegue fugir de si mesma. Não consegue alcançar apenas o sabor de um momento, um instante, um único segundo de paz. Desta forma, as noites parecem não ter fim e os olhos pesados e inconstantes desistem de dormir tentando encontrar alguma luz na escuridão, tentando atravessar, cega, um abismo de emoções que te sufocam. Tudo parece não dar certo. Tudo p...
Prefácio Na busca por duas mãos descobri que estou ficando paranoico. Ao escutar os timbres da sua voz vibrando o espaço que nos separa, espasmos percorrem meu corpo agonizando o peito e estralando as veias do coração. Corro ao banheiro para vomitar socos na parede, os ossos do meu punho doem e eu não sei se isso é bom ou se dói. Tomei consciência que o amor é um vírus inserido no coração, cujos efeitos patológicos não se resumem apenas ao corpo, e por essa razão aritmética sem solução, morre-se de amor lenta e vagarosamente. Cada “não” acumulando-se sobre outras dezenas de “nãos” semeiam um ódio petrificado e infestado de raiva. Seus traços então se desfazem tornando-se enxofre e sangue. O sangue dos meus próprios dedos. Te odeio como nunca odiei ninguém, e odeio a vida como nunca odiei outra coisa. E odeio tudo numa vontade constante de autodestruição. Não faz diferença seu sorriso sobre coisas vãs porque não mais desenvolve-se em mim sentimentos positivos. O único medo que me rod...
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