L.B.

Laila é uma mulher muito intensa, embora tente disfarçar, seus olhos brilham sentimentos sem fim. Ao mesmo tempo que isto é bonito e único, seu coração bate apertado com a esperança de ter um passado melhor, com a expectativa de não ter um futuro tão ruim. Um futuro sozinha ou um futuro sozinha com alguém... 

Ela não percebe sua percepção afiada, sua capacidade de enxergar as entrelinhas. Sua competência germinando o que ela toca. É que a Laila, é destas mulheres tão intensas que as vezes as emoções cegam. 

Ela já passou por tanto coisa que seria possível preencher outro oceano com suas lágrimas. E se existisse analgésico para o coração, ela certamente estaria viciada. Entretanto, existe: o analgésico do coração é a sabedoria de se desprender das correntes que te conectam com o passado. É um ato de quebra. É um foda-se para tudo o que passou. É aceitar que o amor é um encantamento de pensamentos, toques e emoções e não um sentimento-pessoa que diz que ela foi um atraso.

Ela não merece um adolescente com uma máscara de homem. Ela merece um homem que abra todas as portas do coração dela, e faça crescer os bons sentimentos com aquele gostinho raro de eternidade. Um homem que a puxe para frente, sempre em frente em direção a um horizonte sem fim, num eterno nascer do sol envolvendo o a alma e o coração. 

L.A.

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