Uma Noite, Várias Noites Dentro De Mim

Esperança perdida
Num mar vazio e escuro
Escuridão presente
Mas cheia de ausência
Em sua essência

Vozes sussurram
O quê o coração não quer escutar
Pulmão agonizando sem ar
Olhares distantes
Imersos no horizonte cheio de nada
Enquanto sonhos ocultos
Correm pelas noites solitárias

Músicas ressoam pela memória
Lembranças despertam
Finalmente a dor chegou
Saudade grita
Som agudo, quebrando
Minha alma de vidro

São pedaços de alma antes viva?
Ou pedaços de uma alma sempre morta?

A solidão tem fome de presença
A presença nunca chega...
Mas a solidão nunca morre de fome...
Então,
Sobra apenas a eterna vontade de outro alguém

Passado despido
Presente nulo
Futuro, onde está o futuro?

Nascem de uma essência cansada
As mortas palavras
Que se enterram a sete palmos
Em meu cemitério de sentimentos

Ônibus cheio
Mas ao mesmo tempo vazio
Não há ninguém para mim
Não há ninguém aqui, que olhe para mim assim:
"Posso te curar"

Vaga pelas calçadas de ruas imundas
Meu pobre corpo cansado
Vaga pelas calçadas cheias de buraco
Meus sentimentos em conflito

Desejos me suicidam
Vontades me maltratam
Lágrimas incham os olhos
E num piscar, jogo-me mentalmente
Na frente
De um caminhão que ao longe vem
Tudo se foi

Nada chegou pelo correio da esperança
Nada voltou das escolhas antes feitas
Nada ficou na memória
Não há nada, nada há

Quando Yanos Talesin Chega

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