Solidão Poética
Versos perdidos a voar pra
lá e pra cá, a procura de pobres poetas que possam entendê-los e senti-los.
Tomam carona na brisa do vento, agonizando de solidão.
-Fiquem assim não, vocês
encontrão algum poeta bem antenado! - Diz o vento tentando confortá-los.
Os versos perdidos
permanecem num silêncio distante. Olham para todos os lados, desesperados. Não
há tantos poetas, as maiorias dos humanos vivem suas vidas sem sentir nada.
-Olhe ali em baixo! Naquele
ponto de ônibus! Aquele garoto! Olhando para o céu como se pudesse nos sentir!
- Diz a nuvem, quando a brisa com os versos perdidos passam por ela.
A brisa torna-se mais
forte, dá um rasante surpreendente e inunda o corpo do poeta passando por ele,
e deposita sementes de poesia em seu coração. O pobre poeta - tão perdido
quanto os versos - sente rapidamente tudo a sua volta, os versos passam pela
sua mente e inundam sua alma. Mas ao mesmo tempo em que tudo se torna poético,
há pingos de desespero também.
Então
O poeta sente, rasgando a pela de sua alma
Uma arrasadora solidão
E não há nada que ele possa fazer
Nunca pediu para ser poeta...
Na verdade, foi um encontro ao caso
Quando aquela brisa lá no céu...
...Passava por ali, no mesmo momento
Que o garotinho esperava seu ônibus
Agora não há nada que ninguém possa fazer
Haverá solidão
Mais e mais versos perdidos
Por que agora eles sabem onde o poeta esta...
No fim, meus versos e eu,
Encontramos-nos
Porque somos tão sós que apenas um compreende o outro.
...Lucas Augusto...
-Está preparado para abrir a porta?
Nunca estive tão preparado.
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