Dias de Hoje

E minhas próprias coisas e passos
Eram tão vazios e tristes

A solidão, consistente
Porque o mundo é feio e estranho
Para quem sabe senti-lo

E nada mais importava
Nem a vida, nem o dinheiro
Nem nada, uma facada não faria diferença

O futuro estava escuro
E eu já nem me importava
A lágrima presente
Faz-me lembrar diariamente, de sua voz
Ou de suas vozes
Quando estava ouvindo uma a cantar
Sentia a falta da outra a sorrir
E sempre foi assim, não sei o porquê

Agora, estou sozinho, novamente
Digo, estou com a tristeza, novamente
E com a carência que me mata, dia pós dia

E dia pós dia, um pouco de mim morre
Isso é bom, assim, eu sei, que não viverei muito
Neste mundo feio e estranho
Talvez chegue aos trinta cheio de cicatrizes
Ou chegue aos vinte quase me matando

Já posso ver, e vejo com ansiedade
O antigo cantinho escuro que antes eu chorava
Ele se abre e, me chama novamente
-Já estou indo, amigo.
Que a escuridão nos acolha.
Que os versos nos mate
Que a poesia nos perfure a alma
E que as lágrimas, bem, estas lágrimas...
Que continuem a cair.

...Lucas Augusto...
Yanos Talesin
-Inácio Bucowesqui

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