O Medo da Dor

Perde-se o medo do escuro na primeira morte de um grande amor, na primeira vez em que o coração se quebra todos os medos e aflições guardados evaporam, morrem, se perdem... Os medos criados na infância entram em uma espécia de névoa sorridente e insana. 
Torna-se um anestesiado, vontades estranhas surgem, nada mais fere, nada mais é feliz. Não, não é a mesma coisa que ser invencível ou frio. Conhece-se a morte em todos os sentidos. A morte mental, a morte sentimental, a morte dos sonhos, a morte das esperanças, a morte da vontade, a morte do olhar, a morte familiar.
Mas sempre vem algo depois, o caminho continua, não há como parar, e neste caminho, e neste contínuo viver, nasce das cinzas, não você, mas a insanidade.

Inácio Bucowsqui

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