Comigo mesmo

Morri de solidão;
Renegado sob paixão,
Triste, a abandonar:
Minha alma quebrada

Todos me olham - Julgando-me
Sem conhecerem a dor de viver,
Tento medir a vida por minutos
Mas a sensação é de eternidade

E se sofro... Logo estou só
O remédio que cura corações
Não se vende em farmácia
Onde encontrar? Quanto custa?

Se tiver que andar muito...
Prefiro sentir essa dor que finda-me
- Não sou masoquista- Apenas aprendi
A ouvir calado meus próprios gritos

Se custar muito caro... Não poderei adquirir
Sou tão pobre quanto os pássaros do céu
- Não é preciso ser rico para voar,
É preciso ser rico para ser ainda mais pobre

E se meus olhos choram, que chorem perdidos
As lágrimas que procurem um caminho melhor,
- Meu rosto é uma estrada vazia...
...Onde as lágrimas passam todos os dias-

As caixas de som esgotaram-se, cansadas,
De tanto lamentarem por mim,
Aquelas músicas que mordem meu espírito
Jamais deixadas de ser ouvidas...

Me escondo no canto obscuro que há em mim
Mas ainda não consigo ficar só,
Eu estou comigo, mesmo sem querer estar
Não há para onde fugir, as lágrimas voltaram.

Yanos Talesin

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