Memórias De Um Jovem Poeta II

Poetas não são mais seres apaixonantes
Nestes tempos, são perdidos e incompreendidos
Seus versos soam estranhos para a maioria dos humanos
As mulheres se assustam, fogem...
Não suportam tanta intensidade e sentimento
Ser Poeta no meio de toda essa modernidade e alienação
É uma prova de vida,  um verso incalculável...

A solidão preenche as lacunas, de memórias e desilusões
O que para muitos pode soar como um prazer
Garanto, todos estes versos... Vinheram de tanto sofrer

Minha alma de Poeta ainda lembra
Dos bons tempos, quando em campos
A sons de pássaros livres
E sob a sombra dum bom carvalho

Sussurrava versos nos ouvidos de bela donzela
E seus grande vestido. No ouvido direito...
...Sussurrava-se as confissões em poesia
No esquerdo... Confessava-se segredos sobre a vida
A bela donzela - lembro detalhadamente
Ficava com bochechas vermelhas
E cobria o rosto com as próprias mãos!

Que belas lembranças minha alma carrega...
Ficava-me a tarde toda, até nascerem às estrelas
A recitar poemas, e beijar bela donzela...

Tempos tão cheios de valor
Não se temia o amor...
E Poetas eram felizes

Hoje... Neste tempo tão amargo e cheio de inverno
Poetas se suicidam, se perdem, tornam-se frios...
E donzelas... Preferem os que as fazem sofrer
E assim, deixam de viver

Yanos Talesin

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Trechos de uma história sem fim

02/12/2023

Freedom