Pensamentos Intimos

Doce alma que me levou ao céu
Soluta tristeza que para terra me devolveu
Coração carregado de dor
Olhos cheios de carência...

Sorisso mendigo disfarçando o ardor
Leva em tua memória, tudo que passou
Leve em sua essência
Tudo que restou

Não lembre nunca de mim
Minha existência auto se lembra, todos os dias
Não pense nunca em mim
Passei em seu olhar feito brisa duma tarde

Ó se pudesse eu te amar...
Amaria-te todos os dias!
Mas quem sou eu para falar de amor?
Se só em seu abraço me vem um calor...

Não sou poeta não meu amor
Não sou homem, nem mulher
Sou nada...
Se escrevo com poesia
É porque poesia é vida!

Porém, não pense que a vida é preciosa
Como dizem tantos por ai...
Dizem até que existe uma vida apenas!
Ora, quanta falta de delicadeza

A vida é apenas vida!
Se estende além da morte
Se estende infinitivamente
Não tem valor algum...
Pois a vida nunca deixa de existir!

Se algo tem valor, ou é preciosa
Pouco importa
Tudo perde o que tem, um dia
Para se preencher com coisas que vão além!
Dos tempos de hoje...

Há! E ainda tem aqueles
Que falam de meus erros ortográficos
Queridos... Não sei escrever...
Sei apenas sentir

Tento tanto escrever bem...
Mas logo o sentimento preenche a razão
E essa se dessipa e permanece o coração
Não sei falar, também

Tantos insistem para eu me comunicar
Minha fala não sai assim certinha
Por isso que gosto do silêncio
E de pensar por mim mesmo

Minha boca fica toda quetinha!
Minha mente, toda vazia!
Meu coração... Esta aprendendo nesses tempos
Ficar também, no seu cantinho

E por ai... Estou sempre a andar
Seja com minha presença
Ou minha imaginação
Da janela no ônibus posso ver tudo
Tudo que passa e fica para trás...

Da janela do ônibus passa tudo rápido...
Quem derá essa vida minha fosse desse jeito
Vida minha, um dia que parece séculos!
Semanas que parecerem milhares de anos!

Por isso que não gosto de meu aniversário
Dizem, insistem e cantam!
Que tenho eu 18 anos!
Absurdo penso e sinto eu
Meu coração com uma bengala
Minha alma de óculos de garrafa
Indaga e sente que temos milhões de anos...

As vezes me pego numa melancolia
Ninguém me entende - Penso eu
Ninguém me acalanta - Penso e choro eu
Mas logo o dia se desdem com a noite
E volto ao meu dia a dia de milhares de anos

...Lucas Augusto & Yanos Talesin

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