Fragmentos de meu diário

Falam tanto de uma vida exterior
Se preocupam tanto com sua vida exterior
Falam muito de sua vida exterior
Mas, não entendo eu
Que não conhece, nem sente
Essa vida exterior que tanto falam
Vivo sempre dentro de mim
Não me arrisco a pisar um centimetro fora
Vejo essas pessoas
Que  por não viverem interiormente
Se desesperam geralmente
Por influência de uma vida exterior ilusória
Porém, não procuro entender nada
Somente desejo
Sentar nesse banco, dentro de mim

Ao olhar para escuridão a frente, vejo minha própria face.

Em meu espelho que cobre a mim todo, há somente, um buraco, em que vejo parte duma escuridão.

Escrever sempre será um tanto difícil, definir uma idéia, definir palavras que fazem parte, brotam, de mim, é como pintar toda a vida de uma árvore antiga, levaria mais de uma vida... Observar, aguardar, sentir desde a semente, a caída inesperada, sutíl não? Nunca sabemos quando uma árvore irá morrer, mas, nossa morte é quase sempre previsível.

A solidão é como uma segunda mãe, me abraça de certa forma que chego a chorar calmamente, e essas lágrimas que brotam em sua essência sozinhas, quando atingem o chão subitamente, sempre é uma suspresa aos olhos meus, quantas lágrimas é preciso para escorrer e tocar o chão?

Escrever um livro, estória, para mim é uma nostalgia... Minhas estórias embora a realidade diz que são fictícias, eu as vivo, sou parte delas, quando não sou um espectador, sou toda a estória, sou todo eu.

O colecionador de tempestades do deserto, não coleciona as mesmas por prazer, mas, por pura necessidade.

Ô se falar fosse mesmo necessário, todos os seres falariam...

Alguns dizem que falar é uma evolução, porém, penso eu, os humanos, julgados racionais, cheios de suas ciências, humanos estes, que tanto falam e se mostram tão anti-éticos, hipócritas, que destroem seu próprio planeta, se voltarmos ao passado, podemos tomar a conclusão que os dinossauros, mesmo mudos, e julgados irracionais, não destruiram o planeta, o que nós, estamos prestes a destruir.

Vejo que a música é uma necessidade, quando passeio em um bosque, ele nunca está em silêncio, uma música natural o completa, uma música natural me completa.

Porque é preciso enxergar na escuridão? Sendo a escuridão onipresente?

Quando eu retirar meu óculos algo se tornará fluído em mim.

Todos são estranhos para mim, não por existirem, mas, pelos seus atos repetitivos e inconscientes.

Há três de mim, e somente um possue coração, qual você quer conhecer? Não falei dos outros dois...

Me julgam pelo que tenho, e carrego comigo.

Linhas quebradas, um só conteúdo.

Um dia me perguntaram sobre minha infância, minha infância? - Poesia.

Tudo que existe, tudo, tem um propósito, até mesmo um grão de areia, quando entra em meus olhos provoca uma certa sensação.

E cada vez mais, a solidão se torna uma verdadeira companhia, cansei, na verdade nunca gostei, suportava lugares cheios, pessoas vazias.

Vicios existem para aguentarmos viver nesse imenso rebanho de loucos.

Repito, quando eu tirar meu óculos, tudo fluirá.

Um dia sem amigos, é tudo que eu precisava.

Adoro escutar músicas que não me agradam, elas nos mantém, de mente e coração vazios.

Não sei ser do tipo de homem sensível que se faz de bruto para mascarar quem és, eu sou todo sentimento.

Tudo que preciso: Vodka e um banco vazio de praça.
Obs: Sei que seu senso critíco, elucidará: -Mas, Vodka! beber para que!?
"Corrigindo" a frase:
Tudo que preciso: Pessoas a falar e um banco vazio de praça. (Quando as pessoas falam demais fico bêbado)

As pessoas que realmente considero, são aquelas que fazem parte de mim, para mim, não existe amigos, ou qualquer outra classificação... Ou certa pessoa faz parte de mim, ou não faz.

E surpreendentemente, finalmente talvez, o dia(meu) chegou ao fim.

...Fragmentos de meu diário, no qual, escrevo em qualquer lugar, andando, na escola, no ônibus, observando as pessoas, contemplando uma paisagem ou meus sentimentos...

Obs: Meu diário tem a capa da Hello Kitty, e os humanos acostumados tanto com a estética de um objeto me julgam de homossexual pelo simples fato de possuir tal diário, é ao mesmo tempo nojento(não ser tajado de homessexual, mas o senso de julgamento estético) e engraçado, bem, são humanos... Temos que ter paciência.

Meus passeios são imaginários, meus pensamentos puros momentos!

...Lucas Augusto...

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