Mãe

Mãe minha, minha mãe
Que quando pequeno
Me forneceu alimentos
Quando eu caía, me ajudava a levantar
Incentivavá meus talentos
Me ensinou a ser forte
Me ensinou a fazer minha sorte
Abraçava-me quando eu sentia medo
Comprava brinquedos
Ajudava-me imaginar
Beijava-me na testa antes de eu dormir e sonhar
Ria de minhas besteiras, até depois que fiquei velho
Dava-me broncas chorando
Porque seu coração amava-me
Mas sua razão havia de me ensinar
A aprender com meus erros
Para meu próprio bem
Mãe minha, minha mãe
Se colocava na minha frente
Para proteger sua cria, eu.
Seus beijos foram sinceros, beijos de mãe
Seus abraços com gostinho de:
"Quero voltar para casa"
E quando eu chegava de um dia estressante
Lá estava minha mãe
A me receber sorrindo
Mãe minha, minha mãe
Ficava em divídas
Para poder comprar algo
Que eu tanto queria
Me ligava no celular
Quando eu demorava demais
Ou até mesmo
Ligava para perguntar
Que horas eu ia chegar...
Os filhos crescem, eu sei, todos sabem...
E partem para morar sozinho
E suas mães com tanto carinho
Ficam para trás
Com um olhar tão triste
Que a despedida se torna marcante
A mãe então se torna solitária e distante
E fica assim até o dia de partir
O único consolo para elas
É ligar para seu filho
Mas o filho, ocupado, irritado...
Fala tão pouco com a mãe no telefone
Mas mesmo assim, a mãe liga no outro dia
E no outro, e no outro...
Quando a mãe não liga mais
Ela partiu para outro mundo
E o amor ficou com o filho
Alguns filhos esquecem de suas mães
Outros jogam-as em um asilo
Para depois esquecer
Mas não importa
O que um filho faça com sua mãe
Ela sempre vai ama-lo
Porque amor de mãe
É tão sutíl
Que é eterno.

...Lucas Augusto & Yanos Talesin

Para minha, e para todas mães.