Lagoa das reflexões
No ontem o tempo já vôou, hoje ele está voando, amanhã mal sabemos se ele sairá do chão.
-Qual tua graça? - Perguntou o viajante ao ver um jovem despido de felicidade a beira do rio.
-Casimiro, e a tua? - Respondeu o jovem, ao virar o rosto e olhar diretamente nos olhos daquele viajante.
-Viajante. Porque choras a beira desse rio... Não achas que ele já não esta cheio d'água já?
-Viajante? Choro porque estou triste ora bolas, choraria porque?
-Meu nome é o que eu faço, se mudo meu a fazer, mudo de nome, e assim sempre sou o que eu faço e nunca tenho um único rótulo, logo sou tudo e nada, ao mesmo tempo. Olhe para esse rio... O que aconteceria se chuvesse agora?
-Ele inundaria boa parte das terras que estamos pisando, creio eu.
-Isso mesmo compadre, e você é como ele... Choras porque está cheio... Precisa esvaziar o que sentes.
-Que cheio que nada, estou apenas triste.
-Se choras é porque dentro de ti, algo cresceu imensuravelmente abrindo as janelas de sua alma, seus olhos. Feche as janelas por algum tempo, me digas se assim quiser, porque se enches tanto?
-A mocinha lá das das terras do seu João... Gostei muito dela sô, mas ela não sente o mesmo...
-Não perguntou a ela, como sabe? Indagou o viajante.
-Como sabes que não perguntei? Respondeu surpreso o jovem.
-Se esta num rio, de joelhos, maltratando suas janelas, possivelmente é timido, se fosse outro, estaria lá no bar do compadre Manoel bebendo umas cachaça. Agora, levante-se, e vá da um cheiro na mocinha meu jovem, sabe isso que esta sentindo? De um abraço nela e ela sentirá seu coração, mas de um abraço de caipira! Dos bam!
-E se ela me rejeitar?
-Amor igual o teu, por essas terras de Judas, é rarinho... E quando é rarinho qualquer um perecebe...
O jovem levantou-se enxugando os olhos, andando um pouco em direção ao sul, onde mocinha cherosa mora, olhou para trás, mas o viajante não estava mais lá, um belo Falcão voava livremente. Em sua mente o jovem escutou:
-Agora eu sou um pássaro, vá, e conheça o Amor.
...Lucas Augusto...
-Qual tua graça? - Perguntou o viajante ao ver um jovem despido de felicidade a beira do rio.
-Casimiro, e a tua? - Respondeu o jovem, ao virar o rosto e olhar diretamente nos olhos daquele viajante.
-Viajante. Porque choras a beira desse rio... Não achas que ele já não esta cheio d'água já?
-Viajante? Choro porque estou triste ora bolas, choraria porque?
-Meu nome é o que eu faço, se mudo meu a fazer, mudo de nome, e assim sempre sou o que eu faço e nunca tenho um único rótulo, logo sou tudo e nada, ao mesmo tempo. Olhe para esse rio... O que aconteceria se chuvesse agora?
-Ele inundaria boa parte das terras que estamos pisando, creio eu.
-Isso mesmo compadre, e você é como ele... Choras porque está cheio... Precisa esvaziar o que sentes.
-Que cheio que nada, estou apenas triste.
-Se choras é porque dentro de ti, algo cresceu imensuravelmente abrindo as janelas de sua alma, seus olhos. Feche as janelas por algum tempo, me digas se assim quiser, porque se enches tanto?
-A mocinha lá das das terras do seu João... Gostei muito dela sô, mas ela não sente o mesmo...
-Não perguntou a ela, como sabe? Indagou o viajante.
-Como sabes que não perguntei? Respondeu surpreso o jovem.
-Se esta num rio, de joelhos, maltratando suas janelas, possivelmente é timido, se fosse outro, estaria lá no bar do compadre Manoel bebendo umas cachaça. Agora, levante-se, e vá da um cheiro na mocinha meu jovem, sabe isso que esta sentindo? De um abraço nela e ela sentirá seu coração, mas de um abraço de caipira! Dos bam!
-E se ela me rejeitar?
-Amor igual o teu, por essas terras de Judas, é rarinho... E quando é rarinho qualquer um perecebe...
O jovem levantou-se enxugando os olhos, andando um pouco em direção ao sul, onde mocinha cherosa mora, olhou para trás, mas o viajante não estava mais lá, um belo Falcão voava livremente. Em sua mente o jovem escutou:
-Agora eu sou um pássaro, vá, e conheça o Amor.
...Lucas Augusto...
Comentários
Postar um comentário