Trechos de uma história sem fim
Ela estava triste naquele dia, seus olhos estavam secos de melancolia, febris. Os lábios rosados terminavam entre as montanhas ocultas de reinos encantados, formavam a última estação do Desejo, onde humanos não colocam os pés, sonhos ou esperanças. Em suma, seus lábios criavam um abismo entre os mortais e a imortalidade da sua beleza.
Ela não é perfeita, mas suas imperfeições se conectam entre os dedos de um Poeta e o calor de um abraço distante, interminável, além das possibilidades de qualquer sonhar. Ela é um ser natural.
Ela está partindo agora, desencontros – a essência da vida. Desapego – a eterna prática da existência. Aos poucos, sua beleza se desfragmentará do meu hipocampo. Mas a imagem e o som apaixonante do seu sorriso permanecerão eternamente pulsando na memória interna da última camada do meu coração, num eterno Samsara aonde as lembranças reencarnam.
Adeus.
L.A.
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