Quando navegaremos pelo mar?

A mente é uma ilha com incontáveis macacos guinchando. Enquanto não a treinamos não encontramos em lugar algum desta ilha paz e tranquilidade. Podemos viajar até o topo de uma colina recheada com inefável silêncio e a brisa a suave do Leste acariciando nossa face, porém, por dentro os macacos estarão preocupados com coisas triviais e mundanas. Uma mente inquieta não serve de moradia para o Divino, pois não possui os alicerces necessários para sustentar o presente.

A questão não é deixar de pensar ou planejar, precisamos construir nossa estrada. É nossa maior obrigação. O problema é não ter controle de si mesmo para parar de pensar e planejar em momentos inoportunos. O prazer da mente é nos envolver com ilusões que nublem nosso estado emocional e destroem o corpo aos poucos. A mente descontrolada cria barreiras formidáveis entre viver no escuro e respirar diariamente quem realmente somos.

Então encontramos a meditação diária. Voltamo-nos para a ilha. Refletimos sobre cada macaco, muitos criados por nossas escolhas intelectuais e emocionais, outros existem apenas para nos distrair do Caminho, criando pedras e sofrimento. Aos poucos os macacos somem, morrem e fogem desta ilha, porque ela está se tornando Um Jardim de Romãs. Conquistamos a superfície, controlamos o crescimento de nossas próprias raízes e podemos comtemplar o pôr do sol interior.

E quando pensamos que somos donos de nosso próprio destino, deparamo-nos com a entrada de uma Caverna para partes desconhecidas da ilha. A entrada para uma região obscura e infinita, onde não importa em que você pisa, mas como você compreende as pegadas que cria sem se iludir com as que ficaram para trás. Descobrimos então que a ilha é apenas uma porta para o Reino Solar onde fora forjada e depositada em nossa confiança nossa verdadeira e inestimável essência. Como poderíamos trair nossa própria Alma?

L.A.

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