Te Amo

Textinho que escrevi algum tempo, e achei no meu celular esta noite.

Não, não é mais um desses texto em que se declara sentimentos e sonhos a um amor não correspondido (nada se declara a um amor correspondido, simplesmente não há necessidade, a declaração nasce da distância de dois corações).
Eu te amo... Dizemos quando estamos nos despedindo, quando nos encontramos. E se o outro não diz: Eu te amo também, a aflição e pensamos auto destrutivos começam a nos destruir. É obrigatório o responder, repetir, aumentar o "e" ou o "o" ( Teee amoooo) para dar a sensação de grito, afinal quantas vezes já sonhamos em dizer essa palavra mágica gritando? Ou dizer em outras línguas, para despertar a ansiedade no endereçado para que ele(a) procure a tradução e se surpreenda. 
Porém, contudo, entre tanto... Por que nasces a angustia em nossos corações quando não ouvimos a retribuição? Não deveria ser, o amor, autossuficiente? Acalmar-nos, despertar-nos para a verdadeira vida? O brilho do olhar não deveria ser o bastante?
Na verdade, temos é medo de amar em vão, não é nem o medo da dor ou do coração machucado, não, porque loucos não se importam com dores, sim você é um louco, só loucos amam. É o medo que nosso amor se perda no caminho, por não ser guiado pelo amor correspondido. É o medo de ter os sonhos quebrados e a esperança seca num mar de ilusões. É o medo da essência que necessita ouvir muitas vezes:  Eu te amo também. Porque nunca cansamos de ouvir, como sei? Eu tenho esse medo também.

...Lucas Augusto...

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