Clichê II

Foi-se a saudade, morreu, acabou! Não, não se foi, não morreu, muito menos acabou. Tenho é mesmo o medo de senti-la dentro desta escuridão - minha, e agora nossa. Pois não nos vemos mais. A distância é densa, o silêncio angustiante.
Quem falará a primeira palavra? - A espera, a tua ausência que fala por nós dois, e fala muito.
E você sorri e eu choro. E eu sorriu e você chora. Vivendo por lembranças, suportando sem suportar, quase parando, quase nos beijando - não. Você não quer meus lábios a derramar amor pelos teus, esqueci deste pequeno grande detalhe. Detalhes são tudo, não é mesmo, meu amor? São os detalhes que complicam a coisa mais simples que existe, o amor.

Lembra-se quando pela noite eu te iluminava com meus poemas naturais? Poemas tão seus... Sobre você.
Lembra-se de nossas promessas sobre um futuro tão incerto? Mas tão certo para nossos corações...
Endereços rasgados, não quero imaginar onde moras... Sorte minha que não decorei teu número de celular. Meu problema com números me salvou. Salvou-me de mais dor. Quem diria... Quando um defeito salva o coração.

Foi-se a saudade, morreu, acabou! Mentira... Eu tenho é mesmo o medo de admitir.

...Lucas Augusto...

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