Conversas Num Planeta Distante

Yanos e Lucas estavam no topo de uma colina coberta por neve. Lucas pensativo, observando a paisagem e por vezes se perdia em seus próprios pensamentos. Yanos calmo com um olhar neutro sobre a paisagem sentindo-se parte dela.

-Yanos... Um dia você vai parar de escrever?

Yanos retirou-se do estado de leveza que se encontrava, olhou no fundo dos olhos de Lucas, em seguida voltando o olhar para o horizonte distante. E disse lentamente:

-Não sei. Você se preocupa muito com o futuro... Por que não aproveita este momento? Escrevo quando surge vontade e sentimentos propícios para isso. Se um dia eles sumirem, não escreverei mais. Acho que é isso.
-Eu quero escrever sempre! É legal dar vida a personagens e sentindo eles vivos dentro de mim.
-Mal descobriu seu universo interior...
-Você poderia ter feito eu vê-lo antes.
-Não era tempo... Sua consciência não se expandia como se expande hoje. E por falar nisso, como estão os personagens dos teus livros? Melissa... Aquela cidade que criou num planeta perto do meu, Amparo, não?
-Melissa está bem. Caminhando pelo mundo, descobrindo coisas. Ela é uma aventureira, quando eu e ela estivermos prontos continuarei a estória dela. Os cidadãos de Amparo estão bem também, alguns claro, sofrendo de amor, outros vivendo amores... É uma bela cidade. E os teus livros?
-Tenho ajudado o Inácio com o dele, dando uns toques de essência. E tenho alguns que ano que vem ou próximo começarei a escrever.
-Saudades de alguém?
-Você sabe que sim.
-Vamos meditar juntos?
-Claro claro.

Os dois fecham os olhos e o vento uiva entre os picos.

Yanos Talesin e Lucas Augusto.

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