Dilemas da Solidão

Na maioria dos momentos que entro nesse blog
Faço-me várias perguntas, a principal:
Quem entra aqui para ler sobre essas coisas de mundo?

O rádio toca alguma coisa solo clássico
Os sentimentos sobem e descem, feitos gangorra
Não pela música, eles sempre fazem isso

Alguém bate na porta, ólho pelo olho mágico
Um cara com um livro no braço encara a porta
Parece carregar algo com si mesmo
Abro, logo ele mete deus entre eu e ele
-Bom dia - replico
-O senhor já ouviu a palavra de deus?
Permaneço em silêncio
O ólho com meus olhos de bêbado alucinado
Ele parece mais bêbado que eu
-Já tomou um whisky hoje? - Pergunto
Ele nem responde, está programado para falar
Sem párar
deus, deus é aquilo, é isso e outra coisa
Promete-me o paraíso, e fico feliz
Bebo tanto e ainda terei o paraíso
Talvez eu deva beber mais
Depois de mais ou menos trinta minutos
Sei lá, mas foi bastante tempo
Fecho a porta sem ele terminar
O começo já foi ruim
Como seria por desventura o fim?
Volto a escrever, rapidamente esqueço-me do paraíso
Volto para meu inferno literário
É tudo muito doce.

-Inácio Bucowsqui

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