Memórias de Dois Poetas

2017

O olhar dela reluzia nas paisagens como as estrelas reluzem no universo. As lágrimas precedidas de sorrisos derramaram cometas e histórias, num canto de paz e harmonia. 

(Ela compõe seu próprio humor).

Há dezenove Primaveras, a centelha divina pousou sobre uma flor, e deu origem a você. Metade das pétalas em cada íris. Já te disseram que seu olhar forma uma flor em sonhos de poemas? Poemas também dormem e sonham.

Caminhando por Jardinópolis, repousando o olhar em cada detalhe de quintessências infinitas: encontrou a paz latente em seu coração. Cento e vinte batidas de inspiração. O silêncio, preenchido por sons silenciosos - a voz da natureza, a música da paz. A estrada vermelha, por onde seus passos criavam passos pelo caminho, deixando seu peso marcado na terra, literalmente: encontrou sua própria leveza.

As flores brotavam do chão ou da sua beleza?

Além do horizonte de cercas e bosques, você não encontrou limite algum no céu. Doce asas de passarinho em seus desejos de sentir o infindável, simplesmente estando no presente, sem finais: porque cada momento fez você perder o fôlego.

E então você encontrou a água sagrada, tão rara quanto o céu que você contemplou, ou o destino de cercas que cercam o que não pode ser cercado: a vida. Jogou-se, sem tempo para mais nada, mergulhou. Todas as cores ficaram para trás, descoloriu-se, pois você é como o branco: têm todas as cores em si. Mergulhou você apenas com você, sentindo a plenitude de ser: Aline.

L.A.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Trechos de uma história sem fim

02/12/2023

Freedom