Bebês

Somos todos crianças aprendendo a caminhar e a chorar, passos ainda sem firmeza, guiados pela falsa sensação de tristeza, engatinhamos com os pés do coração e as mãos, que deveriam segurar os sonhos, no chão, não sabemos por que choramos. De quatro e subjugados pelo passar do tempo, tentamos, com medo do prazo e as vezes até mesmo da vida, viver. Mordemos incansavelmente a chupeta das ilusões e criamos armaduras contra nossos semelhantes, criamos escudos contra outras crianças por medo de roubarem nosso pirulito emocional, nosso vazio. Ignoramos o pôr do sol que alguém tenta trazer por medo da escuridão nos cegar mais uma vez, esquecemos da nossa própria lua. Imaginamos mais de uma vez ao dia que a beleza é inesgotável e o dinheiro, o infindável harém. Temos medo de onde vamos, mas não sabemos onde estamos e nem como nos sentimos. Esquecemos de respirar e que a paz é um estado de espírito e não o último andar da evolução.

L.A.

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