A Linha de Ferro

A dor é uma pena com pontas pontiagudas de aço, entrando no centro do peito. Pelo buraco não sai sangue, mas energia, sonhos e possibilidades – levadas pela brisa que sempre está a passar. O vento, na verdade, é um trem de cargas invisíveis.

A dor é um silêncio gritando por dentro, apenas  gritos. Nenhuma frase, ou nenhuma que expresse sentido. A dor não tem direção, destino ou limite. Logo se espalha pelo corpo por veias negras de melancolia. A melancolia é o presságio do sofrimento, pois algo sempre começa sendo belo. Até mesmo a vida.

L.A.

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